Yggdrasill: sendo vikings
Alguns meses atrás adquiri minha cópia de Yggdrasill, com tradução primorosa da Editora New Order em financiamento coletivo pelo Catarse.
Infelizmente, a vida adulta nos reserva pouco tempo para RPG e, por isso, dei prioridade aos meus grupos de outros sistemas/cenários, torcendo para poder mestrar uma aventura viking no Encontro D30. Depois de longos meses finalmente consegui, no 50º Encontro D30, e valeu cada minuto gasto fazendo personagens e preparando a história.
A aventura one-shot foi bem recebida pelos jogadores, quase todos novatos no RPG, sendo “liderados” por um veterano. Todos entraram no clima e encarnaram quatro nórdicos corajosos numa arriscada missão de resgate.
Com isso, resolvi escrever minhas impressões sobre Yggdrasill, e são ótimas! Gostei muito de mestrar utilizando o cenário e espero poder fazer uma campanha com outros jogadores em breve.
As considerações
- Sistema dinâmico: Yggdrasill tem um sistema de rolagem que utiliza d10 para todos os testes. As competências (skills ou habilidades do personagem) são testadas rolando-se um número de d10 igual ao valor destas, escolhendo os dois valores mais altos e somando o resultado ao nível da competência. Exemplo: O personagem tem escalada 4. Ele rola 4d10 e escolhe os dois maiores resultados da rolagem e os soma ao valor da competência (4) para tentar atingir o nível de dificuldade imposto pelo Mestre de Jogo. Esse sistema, pelo que pude perceber durante o jogo, é bem simples e rápido, além de ser fácil dos jogadores entenderem.
- Combate: Em Yggdrasill as lutas são bastante letais. A diferença entre a vida e a morte de um personagem está tanto em suas habilidades quanto na armadura que ele veste. Na partida, um dos jogadores escolheu o personagem com a melhor armadura e defesas físicas. Resultado: o máximo que os inimigos causaram em algumas rolagens muito bem sucedidas foram míseros 5 de dano. Já outro personagem com defesas inferiores teve de tomar cuidado para não sofrer dano demais e morrer em batalha, indo para o Valhalla.
- Cenário: A ambientação é simplesmente sensacional. Trata de uma Midgardr(Terra) fantástica com gigantes eventuais, magia rúnica e muito mais. Mas, além disso, Yggdrasill permite um jogo realista, sem a inclusão da parte mítica da mitologia nórdica. O livro detalha toda a Escandinávia, os costumes nórdicos, lendas, etc. Acredito que é o ponto mais interessante do livro. Além disso, Yggdrasill apresenta uma tabela para ferimentos agravados e uma lista de doenças comuns à época. O teor histórico do livro é simplesmente sensacional!
- Arte: O livro foi lançado no Brasil com miolo colorido, capa dura e uma arte sensacional. Vale muito a pena para os rpgistas que gostam de um livro bem feito (parabéns New Order!).
Enfim, Yggdrasill é um RPG excelente que quero dominar em matéria de regras. Vale muito aos amantes da cultura nórdica e o grande lance do jogo é levar adiante uma campanha e fazer com que os skalds cantem canções sobre os feitos lendários dos personagens dos jogadores.
Até a próxima postagem e…skol!
PS.: skol não é a cerveja… 😉
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Rômulo
Levei o YGGDRASILL pro d30 desse ano , mas não rolou de massas
Só um adendo :As rolagens são feitas rolando um número de dados igual a características (atributos), somando os dois resultados maiores desses dados e somando também o valor da competência (perícia) em questão .
Sérgio
Boa!! Vc disponibilizaria sua aventura one-shot?
Hikawa
Tem alguém que mestra Yggdrasill?