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Conheça Beat’em up

Resenha03/05/2013Mallien
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Jogos Beat’em up sempre fizeram parte de minha adolescência (é isso que da ser velho!) tanto nos arcades quando nos videogames e desde que meu amigo Daniel  de Sant’anna do blog D+1, lançou no RPG Gênesis do ano passado, o RPG Beat’em up, eu queria muito testá-lo e finalmente no último encontro D30 tive essa oportunidade. Mas vamos partir do princípio o que são jogos Beat’em up? Bem, são jogos onde a palavra é bater até todos os minions serem derrotados para, aí sim, enfrentar o Chefão da Fase e passar para o próximo nível. Logicamente isso tudo cercado de power ups para equipar ou recuperar o life do seu personagem, maneiro né? Pois agora é possível viver essa experiência através do RPG do Daniel.

streets of rage jogabilidade

Street of Rage in clássico entre os Beat’em up

Como o tema do Encontro foi Pandemia fiz um Beat’em up de Resident Evil pegando alguns inimigos que sempre achei interessante da franquia desetresidentevil
jogos e da tv e transformei em Chefões de Fase, já para os minions usei outros além, é claro, dos zumbis. A ideia da partida foi que a Umbrella Corporation estava fazendo um novo vírus em seus laboratórios e planejava liberá-lo numa região ainda não infectada pelo T-Virus. O objetivo dos jogadores era invadir esse prédio e destruir o vírus e toda sua pesquisa, porém o que acabou acontecendo foi algo que os jogadores não estavam esperando.

A mecânica do jogo é bem rápida e o envolvimento dos jogadores descrevendo suas ações, trabalhando em equipe e criando diálogos torna o jogo mais prazeroso. Em vez de deixar o jogo somente num estilo Kick some Ass and GO! adicionei alguns puzzles tornando a partida mais desafiadora. Seguindo as sugestões do próprio Daniel usei também trilha sonora e outros sons durante o jogo que o tornaram bem nostálgico (mesclei sons de Midnight Syndicate e as próprias trilhas sonoras e sons de Street of Rage. Usei o App Songs and Dragons no celular para poder gerenciar as cenas. )

555004_10151505912077118_582255828_nOutro fator que gostei de experimentar foi dar habilidades especiais a alguns minions e aos Chefões de Fase, uma em particular que pegou os jogadores de surpresa foi o fator de mutação que um dos vilões sofria (FICA A DICA PARA VOCÊ DANIEL!), a cada vez que seus pontos de vida atingiam um marco ele sofria uma mutação que o deixava mais forte, para a tristeza dos jogadores. No mais foi um jogo extremamente divertido (acredito que os jogadores gostaram), além de chutarem algumas bundas e encontrarem alguns vilões memoráveis, no fim quase salvaram Alice, mas logicamente isso só vai acontecer no próximo jogo.

Destaque para a Kelly que mandou bem em uma de suas primeiras aventuras nesse mundo do RPG, e agradecimentos ao amigo e co-mestre nesse dia Bruno Silva. Valeu brother!

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Heróis do Apocalipse Zumbi

Para minha surpresa o Rafael também estava com uma aventura interessantíssima de Beat’em up e logicamente arranjei jogadores para essa mesa que mescla como quase todas as mesas dele RPG e Educação. Vou dizer que fiquei com uma invejinha branca dessa mesa, pois em algumas coisas me lembrou do fantástico filme “Viagem Insólita“, como queria ter jogado. Mas deixando a inveja de lado com a palavra Rafael:

 Quando comecei a pensar no tema “Pandemia” para preparar uma sessão de jogo para o Encontro D30 de março, eu tinha muitas opções de sistemas de jogo disponíveis, mas eu queria algo original e que eu já tivesse algum material pronto, pois o tempo era escasso, então fiquei entre adaptar uma aventura pronta de Enterprise Saúde da Federação disseminando a doença alienígena por toda a tripulação ou experimentar algo novo e simples como Beat’em UP!

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Os Heróis

Optei por este último, então, pensando em pandemia, doenças contagiosas, etc, acabei resgatando uma ideia antiga que tive para um RPG de computador (de RPG Maker ou de Adventure Creation Kit [http://www.80sgaming.org/ack/]) que se passa dentro de um organismo humano, cujo protagonista seriam glóbulos brancos, por serem células com trânsito livre por todos os órgãos, a força policial do organismo, só que em Beat’em UP! eles seriam muito mais porradores.

Para honrar a tradição dos jogos de briga de rua, pesquisei sobre o sistema imunológico e escolhi para compor a equipe dos “Leucócitos” um personagem forte e lento, o Macrófago, um rápido e fraco, o Granulócito Basófilo, e um intermediário, o Linfócito T “Killer”. Se tivesse criado outro linfócito diferente teria gente disposta a jogar com ele, pois como num fliperama a máquina lotou rapidinho e faltou vaga para mais jogadores.

Os ataques especiais teriam a ver com a função de cada célula na defesa do organismo, com o macrófago fazendo fagocitose (englobando e dissolvendo o inimigo), o basófilo lançando histamina (impedindo inimigos de entrarem em cena) e o linfócito causando apoptose (morte celular).

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Hora de combater alguns vírus!

 

Pensei então nos “power ups” mais adequados, moléculas de aminoácidos, de glicose e de sacarose como comida, pseudópodes como armas de mão e antígenos como armas de longa distância. Esses “power ups” cairiam no chão do cenário quando células velhas fossem estouradas.

Passei então a imaginar quem seriam os chefões da infecção: o Tumor e o Vírus da AIDS! Daí foi fácil definir os Sistemas Digestivo e Circulatório como fases do jogo, descritos respectivamente como cheio de restos de alimento podres e infeccionado e pulsante. Os inimigos menores seriam bactérias, vibriões e amebas gastrointestinais e uma gangue de vírus oportunistas no sangue. Calculei a quantidade de inimigos do jogo conforme o manual, cinco por jogador mais um, dezesseis ao todo para as duas fases do jogo, achei pouco, foi muito fácil para os jogadores acabar com eles.

 

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Power Ups usado no jogo.

 

Outra coisa legal do sistema é o fato dele incentivar simultaneamente a cooperação e a competição entre os jogadores, pois um depende dos outros para terminar com os inimigos, mas também todos querem os melhores “power ups” e aproveitar para dar o golpe de misericórdia num inimigo já enfraquecido para ficarem com a pontuação.Demorou um pouco para os três jogadores conseguirem se soltar na mecânica de frases ditas por inimigo morto, mas depois acabaram saindo boas tiradas que mereceram algumas fichas, como o comentário da vontade de comer maionese ao se verem num cenário cheio de pus ou “as configurações de vírus foram atualizadas” ao derrotarem o chefão da última fase.

Eu também preferi falar durante o jogo as versões nacionais dos termos em inglês, como chefão, bônus, fases, energia, forte, rápido, habilidade, ficha, etc. até para ajudar a matar a saudade da época dos fliperamas.

Os jogadores se divertiram muito e no final ficaram satisfeitos com a curta partida, com a sensação de terem jogado uma partida de fliperama novo em vez de terem tido uma aula de biologia.

 

Bem é isso ai! Para aqueles que querem conhecer um pouco mais o download da versão playtest pode ser feito por aqui  (clique aqui para baixa), e em breve será lançado a versão final pela UNZA RPG

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Ricardo Souza

RPGista e Gamer por paixão, profissional de TI por profissão, nerd/geek por vocação e pai babão da pequena padawan e roleplayer in training Costela Maluka.

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