Raklot – Raças (parte 3 – final)
Esta é a última postagem sobre as raças de Raklot. Bem, na verdade não. Trata-se da última onde as raças serão descritas em termos de cenário, roleplay, ambientação. Nas postagens sobre regras, retomarei as raças, delimitando suas características in-game.
Hoje vou abordar a última raça jogável de Raklot: os panjires
Além disso, falarei um pouco sobre a “raça perdida” dos orii e os nargons, uma raça selvagem que ameaça todos os que pisam em seu território. Estas duas são raças de PDM’s (Personagens do Mestre) e não estão disponíveis – ao menos inicialmente – para os jogadores uma vez que são mais poderosas ou possuem traços sociais que não permitem uma interação com o resto das raças de Raklot.
Espero que apreciem o material e aguardo suas opiniões e sugestões.
PANJIRES
O povo da floresta é tão antigo quanto as árvores milenares de Raklot. Considerados selvagens pelos demais povos, os panjires são um povo recluso e misterioso que vive em diversas regiões selvagens. A Floresta de Rakaz é onde existe a maior concentração de panjires de Raklot. Várias tribos têm seu território na maior e mais antiga floresta da ilha. Há mais de um século, os panjires de Rakaz se organizaram num conselho de tribos que se reúne para decidir o rumo de seu povo. Em tempos de paz, o conselho é presidido por um feiticeiro. Em tempos de guerra, é o mais forte entre os líderes guerreiros panjires quem lidera.
Outras tribos de panjires habitam algumas florestas do norte e uma única tribo vive no deserto de Turiash. Esta última, conhecida apenas como os ga-har, vaga pelo deserto em uma enorme caravana e alguns grupos isolados, vivendo da caça e do comércio com os kohar.
Os panjires não possuem uma nação. Não buscam isso. Vivem do que a natureza lhes dá e cultuam espíritos ancestrais das árvores e dos animais. Sua ligação é tão grande com o mundo natural que muitos feiticeiros panjires adquirem feições animalescas e têm conhecimento do mundo espiritual como poucos membros das demais raças.
Em batalha, os guerreiros panjires são máquinas de combate. Lutam, muitas vezes, até a morte e acreditam que um panjir não deve recuar diante de um inimigo mais poderoso. Na sociedade panjir, homens e mulheres têm os mesmos privilégios e os filhos são criados por todos os membros de uma comunidade.
Os panjires são reclusos. Raramente deixando as florestas. No entanto, muitos vivem em Vória como escravos depois das incursões vorianas no sul de Rakaz. Os panjires daquela floresta odeiam os vorianos e acreditam que nunca haverá paz entre eles.
Descrição
Os panjires medem entre 1.60m e 1.80m e raramente são mais altos do que isso. Possuem feições levemente felinas – olhos e traços parecidos com os de gatos – e orelhas pontiagudas como as dos vorianos. Possuem pequenas presas. Os panjires têm garras retráteis que são usadas em combate desarmado e também os ajudam a escalar com maior facilidade. Outra característica dos panjires são os sentidos aguçados e a habilidade de memorizar cheiros, o que os torna caçadores natos.
Os olhos dos panjires são geralmente amarelos mas muitos têm olhos azulados ou cinzentos. Sua pele é marrom escura e os pêlos corporais, muito abundantes, seguem a mesma tonalidade. Alguns panjires são muito mais escuros, chegando a ter uma pele quase negra e existem casos muito raros de panjires albinos. Estes são considerados sagrados. Os panjires não são longevos, chegando a viver, no máximo, 60 anos. Porém, as fêmeas dão à luz vários filhos por gestação, o que mantêm a população.
ORII
Os orii não existem mais. Ao menos até onde se sabe. A raça esquecida viveu e dominou grande parte de Raklot há milhares de anos. Porém, desapareceu sem deixar vestígios. Algumas ruínas de suas cidades, templos e castelos ainda existem na ilha e sua arquitetura e segredos mágicos são um chamariz para aventureiros e estudiosos.
Pelas imagens encontradas nessas ruínas, acreditava-se que os orii eram seres esguíos com altura similar à dos carmans e que estes possuíam uma pele tão branca quanto a neve e olhos de uma cor só, como os drasjires. Suas orelhas eram pontiagudas como as dos vorianos e panjires e seus cabelos e parcos pelos corporais eram tão brancos quanto a sua pele. Pelas inscrições orii, acredita-se que viviam muito, chegando à avançada idade de quinhentos anos. Outros estudos indicam que estes dominavam a magia como nenhuma raça jamais conseguiu.
Hoje, até onde se sabe, existe apenas um orii vivo em Raklot, na cidade de Naivir, em Vória.
NARGONS
Os nargons são seres temidos pelas demais raças. Badembôr, a ilha na região noroeste de Raklot, parece ser o lar desse povo que aterroriza vilarejos na costa norte em incursões violentas onde homens e anciãos são mortos cruelmente e mulheres e crianças são levados como escravos. Os nargons são extremamente selvagens e impiedosos e não é raro ouvir relatos sobre seus ataques até mesmo em Vória, no extremo sul.
Como poucos foram capturados, acredita-se que os nargons possuem características variadas. Alguns têm pele negra como a noite e olhos vermelhos. Outros, a maioria, têm pele azul e nenhum pelo no corpo. São brutamontes que chegam a medir 1.90m de altura e uma força descomunal. Alguns sobreviventes de ataques relatam que um único nargon é capaz de sofrer inúmeros ferimentos e derrotar vários inimigos antes de cair morto. Os nargons possuem orelhas pequenas e bulbosas e dentes grandes e afiados. Poucos deles possuem chifres pequenos e numerosos na cabeça e protuberâncias ósseas no queixo e nas têmporas. Além da força física e da capacidade de não sentir dor, os nargons possuem uma pele extremamente resistente.
Os guerreiros nargons usam armas e armaduras brutais, feitas com pedaços de ferro, aço e até o metal negro conhecido como krinium. Suas flechas sempre são envenenadas e suas armaduras são pedaços de metal, couro, peles e até ossos de seus inimigos.
Sabe-se pouco sobre sua sociedade e acredita-se que sejam apenas feras brutais. No entanto, são capazes de construir pequenas embarcações que utilizam para cruzar o mar. Sabe-se também que cultuam uma divindade de fogo e muitos nargons marcam sua pele com ferros em brasa ainda quando crianças.
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