#RPGaDAY2015 – o que rola pelo @D30RPG
#RPGaDAY2015 é uma iniciativa de blogs americanos que ano passado encheu o Facebook com coisas maneiras, e esse ano decidimos participar. Nada demais, apenas listas e comentários sobre RPG!
#RPGaDAY2015:
Dia 1: RPG a ser lançado que você está mais ansioso para ver
ML: Eu estava doido para ver três RPGs esse ano: Chill, Feng Shui 2, e Cypher. Daí eu fui à Gencon, vi os três e descobri o novo RPG que estou mais ansioso para ver: Vampiro: A Máscara 4a Edição.
Menina-Gato: Blue Rose RPG. Faz tempo que estou de olho neste RPG. Já falamos sobre ele neste podcast aqui. É aquele que usa cartas de tarot para definir o alinhamento e aspectos da personalidade.
Mallien: Estou muito curioso para ver como será o novo Kult, li muito a respeito do jogo mas nunca tive o prazer de jogá-lo. Segundo meus amigos é um dos melhores RPGs de Horror já publicado.
Janary: Shadow of the Demon Lord é um hack and slash com cenário parecido com Diablo, mas tem elfos e anões.
Dia 2: Jogo do Kickstarter que mais te deu prazer
ML: Agora que passou, Horror on the Orient Express está me deixando feliz e ansioso por jogar!
Menina-Gato: Também estou querendo mesmo o Orient Express. Aguardando ansiosa o Sr. Janary mestrar. 😉
Mallien: Assim como ML o Kickstarter do Horror no Expresso do Oriente foi meu kickstarter mais esperado. E ficou lindo.
Janary: Horror on the Orient Express trouxe uma toneladas de material para uma das mais incríveis campanhas de Call of Cthulhu.
Dia 3: Jogo preferido lançado nos últimos 12 meses
ML: Titansgrave, eu vou tentar jogar isso com certeza.
Menina-Gato: Estou gostando demais da aventura Rise of Tiamat, que inclusive estamos jogando! Recomendo para qualquer um. Afinal, quem não gosta de matar dragões? 🙂
Mallien: Estou terminando Hoard of the Dragon Queen, e ansioso para começar Rise of Tiamat!
Janary: Ponto indiscutível – Rise of Tiamat!
Dia 4: Jogo mais surpreendente
ML: De todos os tempos? Over the Edge. Fazer o que você quiser muito antes de isso estar na moda…
Menina-Gato: Fiasco. Eu achei que era um RPG, mas não é. 🙂
Mallien: Para mim Fiasco ! É um dos mais inovadores e versáteis dos jogos que conheci, e um excelente treino para o roleplay.
Janary: Castelo Falkenstein tem pegada narrativa, usa cartas de baralho e é ambientado numa era vitoriana com elementos fantásticos!
Dia 5: Compra de RPG mais recente
ML: The Dracula Dossier. Deve ser também o que vou jogar mais logo, caçar vampiros por dois séculos me parece uma coisa legal demais.
Menina-Gato: Anel de dado D20. O mestre lá na Gencon que jogou com a gente usava para rolar alguns testes. Muito legal!
Mallien: O mais recente foi o Accursed traduzido pela Retropunk.
Janary: Três excelentes suplementos de Midnight. O mais irado é City of Shadows, que descreve toda torre do deus negro.
Dia 6: RPG jogado mais recentemente
ML: D&D 5a Edição, aventura épica da Adventure Leagues. Simplesmente legal demais!
Menina-Gato: Olha eu ali na foto! Também estava lá. 🙂
Mallien: D&D 5a Edição, campanha Rise of Tiamat.
Janary: Uma versão atualizada do Diablo RPG que usa o D&D 5.
Dia 7: RPG gratuito favorito
ML: sempre achei Cthulhu Dark surpreendentemente simples e claro, o melhor RPG de graça que eu já vi.
Menina-Gato: Best Friends. Aquele que você joga como uma garota querendo passar a perna nas inimigas.
Mallien: Malditos Goblins, sem dúvida diversão na certa, e um que estou curioso para jogar mas já li é o Meu Brinquedo Preferido do colega Eduardo Caetano.
Janary: Acho The Shotgun Diaries incrível pela simplicidade e inovação na narrativa de apocalipse zumbi.
Dia 8: Aparição de RPG na mídia preferida
ML: Depois que Tormenta: O Desafio dos Deuses apareceu na novela Babilônia acho que estou preferindo essa #RPGBrasil
Menina-Gato: Sempre que estou assistindo Big Bang Theory e aparece, fico feliz.
Mallien: Tenho duas que me marcaram bem, uma foi no desenho Laboratório de Dexter, na qual ele narra uma mesa de jogo. A outra foi o fantástico episódio do Community “Advanced Dungeons & Dragons”.
Janary: O episódio do Laboratório de Dexter em que eles jogam D&D.
Dia 9: Mídia favorita que gostaria que fosse um RPG
ML: Ainda estou esperando o RPG de Codex Alera. Um mundo em que todos têm algum nível de controle sobre elementais e poderes/características herdadas da relação próxima com esse poder. Além disso, é uma fantasia baseada no Império Romano, e não medieval…
Menina-Gato: Penny Dreadful, porque eu queria aquela ambientação vitoriana de terror!
Mallien: Adoraria ver um RPG Oficial de Arquivo-X ou Once Upon a Time.
Janary: Sempre quis um bom livro com sistema próprio para Jurassic Park (ML: para quem torce o nariz por causa dos filmes, o livro é genial).
Dia 10: Editora preferida de RPG
ML: Eu tenho de dizer que minha percepção foi mudada pela interação com os autores de RPG. Eu gosto do time atual da Wizards, e o pessoal da Kobold Press é bem legal, mas ninguém bate a Pelgrane Press, com gente que adora fazer RPG mesmo.
Menina-Gato: Eu tenho gostado mesmo da atual equipe da Wizards. Ganharam varios Ennies e mereceram!
Mallien: Vamos lá internacionalmente colocaria o pessoal da Wizards, John Wick e seus jogos de 5 doletas ou mais e o Jason Blair com seu Little Fears que acompanho desde o início. Mas concordo com ML, que ninguém faz props como a galera da Pelgrane Press. Nacionalmente gosto da Retropunk, Coisinha Verde e Secular Games.
Janary: A brasileira RetroPunk, por todo esforço e qualidade dos produtos.
Dia 11: Autor de RPG preferido
ML: meu autor de RPG favorito é Greg Stolze, que trabalhou na Atlas e na White Wolf, e produziu um dos meus RPGs favoritos. Unknown Armies. Ele foi editor de Demon: the Fallen, e de Feng Shui Como ninguém é perfeito, ele trabalhou em Requiem também. Mas se querem conhecer ele leiam esse conto de Unknown Armies. E como tem espaço, acho que a gente pode escolher um autor brasileiro também, e para mim é o John Bogéa. Dizem que ele está cada vez mais vaidoso com isso, mas todas as nossas interações foram legais, ele inclusive já veio ao Encontro D30. E ele pensa legal em jogos…
Menina-Gato: Monte Cook está produzindo coisas bem interessantes, como Numenera, e fez muitas coisas legais de D&D, como Ptolus. Ainda bem que ele está dando certo na empresa nova, e acabamos de encontrar ele e comprar o Cypher System, que está cheio de bons conselhos para mestres… Já meu autor nacional preferido é um cara bem maneiro, que está fazendo seu próprio mundo e sistema, meu brother Gene Cavalcante. Não deixem de conferir o Raklot!
Mallen: Vamos lá que aqui merecem menções honrosas, primeiro um dos que mais me marcou foi o Sr. Mark Rein-Hagen tanto com o Vampiro a Máscara, a qual joguei durante anos, como Mage, Werewolf e Caçadores Caçados. Em segundo o Sr. Steve Jackson, gosto de GURPS mas sou um aficionado por Toons. e por último como já falei antes o Sr. John Wick, adoro seus RPGs pequenos e simples, curto muito Shotgun Diaries, mas meu favorito é Wicked Heroes. Já na galeria de escritores nacionais, tenho que dar o braço a torcer ao cara que fez pacto com o Sr. dos Sonhos John Bogéa, e ao mais que original Eduardo Caetano. E agora o mais novo autor do pedaço Gene Cavalcante, Raklot é demais!
Janary: Os livros que mais joguei na vida foram escritos direta ou indiretamente por Mark Rein·Hagen. Ele pode não ser o melhor autor, mas criou um cenário incrível e diferente de tudo que havia até então.
Dia 12: Ilustração de RPG preferida
ML: Eu queria muito ser inovador, mas eu realmente adoro Larry Elmore. E essa é uma das melhores imagens de RPG ever. Diretamente da capa do Cities of Mystery, de Forgotten Realms.
Menina-Gato: Essa da ilustração é muito difícil, porque tem várias que eu gosto, mas vou votar no Tony Diterlizzi. O trabalho dele tem evoluido muito e ficado legal também no Spiderwick. Minha preferida é a Tiefling com gato!
Mallien: Assim como ML sou alucinado pelas ilustrações de Larry Elmore, especialmente essa.
Janary: São duas, o dragão invadindo o castelo – da edição inglesa do Fighting Fantasy, rabiscada pelo Christos Achilleos; e o anão na capa do segundo volume da trilogia da Estilha de Cristal, feito pelo Larry Elmore.
Dia 13: Podcast de RPG preferido
ML: Apesar de a gente fazer um podcast, eu nunca encontro bons podcasts de RPG. Não consigo gostar de jogos narrados gravados, que nem acho que sejam mesmo podcasts. Mas eu gosto do Ken and Robin Talk About Stuff, recomendo.
Menina-Gato: Podcast do D30! 😀
Janary: O Podcast D30 conta? hahahahaha
Mallien: Gosto muito do Podcast do Jogador Sonhador e do MaisRPG.
Dia 14: Acessório de RPG preferido
ML: Tem muitas coisas que a gente usa lá em casa, mas eu estou achando muito legal minha mais recente aquisição, o Anel d20. Tem anel para rolar qualquer tipo de dado, mas o d20 é genial, dá mesmo vontade de deixar ele decidir tudo na sua vida. Eu achava meio bobo esse anel, já tinha visto no passado, mas daí joguei com um mestre que só rolava as coisas nele, e foi muito legal!
Menina-Gato: O meu acessório favorito é uma bolsinha de dados que trouxemos na primeira Gencon. Ela tem um formato legal, que dá pra rolar os dados dentro, leva uma quantidade boa de dados e é linda.
Janary: Os dados são uma das coisas mais divertidas no RPG, com suas variedades, cores e formas. Isso, claro, se não estivermos considerando livros…
Mallien: Atualmente meu acessório favorito é um aplicativo para Android com os spellbooks do D&D 5
Dia 15: Campanha de RPG mais longa que já jogou
ML: Eu mestrei duas campanhas para o mesmo grupo em sequência, entre Lankhmar e os Knights of the Green Peace nós jogamos por quase 10 anos, de 2000 e 2009, no nosso grupo conhecido como Chezottoni. Nada menos que meu perfil online, o email do nosso mago, e a empresa do bárbaro, tudo tem o nome dos personagens daquela época. São histórias tão memoráveis que só se acabaram porque, ainda que a clériga tenha voltado da Itália, hoje o mago mora em Nova York, o bárbaro em Parentins, o pirata em Mallorca, e o ranger na Suíça. São alguns dos melhores amigos que se pode ter. Basta dizer que eles destruíram a guilda de ladrões de Lankhmar, deixaram Zhentil Keep em ruínas, e não são muito bem vistos por ferreiros…
Menina-Gato: Difícil decidir, porque foram duas, mas acho que a campanha que eu mais gostei foi uma de Cormyr que ML mestrou por 6 anos. Era um grupo de amigos da cidade de Arabel, todos ligados a um importante cavaleiro que morreu. Para curar as magoas, eles resolvem se aventurar juntos. Meu personagem, Allicia Truesilver, era irmã do falecido. Uma guerreira formidável que chegou a comandar tropas com hipogrifos e teve participação importante na história da região, conhecendo até mesmo o Rei Azoun. Saudades! 🙂
Janary: Como jogador nunca tive campanhas muito longas, acho que a maior foi de Lobisomem, o apocalipse que durou um ano. Como mestre tive algumas que passaram disso com Fighting Fantasy e Vampire. Lobisomem foi, na verdade, o primeiro cenário de mundo das trevas que joguei. Achei excelente! Joguei com um Presas de Prata durante muito tempo combatendo a Wyrm adquirindo grandes cicatrizes ao longo de inúmeras aventuras por pouco mais de um ano. Paralelamente eu mestrava vampiro, para um grupo meio anarquista que sabotava o princípe em favor de seu líder secreto. Essa história rendeu narrações por muitos anos. E, por fim, o Fighting Fantasy que mestrei por quase 6 anos para meu grupo de ouro: quando meus irmãos jogavam e mais alguns amigos de infância. Se haviam terras a desbravar, lá estariam eles!
Mallien: Para mim foi uma campanha de Vampiro a Máscara com meu amigo Gabriel e Neilson. A campanha começou de forma frenética com um de nossos membros sendo caçado por cometer Diablerie no Príncipe da Cidade, foi regada a bastante roleplay, sendo bastante explorada a questão da luta da besta contra a humanidade, e ainda tivemos interligações com outros universos como Werewolf e Wraith, com a volta do Príncipe para nos atormentar.
Dia 16: Sessão de RPG mais longa que já jogou
ML: Acho que eu nunca joguei mais de um dia, já passei um fim de semana jogando, mas com intervalos suficientes para dizer que joguei 10 horas num dia e 10 horas no outro. Mas teve uma vez que amanhecemos jogando, com algumas baixar que dormiram no meio, e foi incrível. começamos umas 18 horas e tudo acabou a tempo do café, 14 horas depois… Era Vampiro: A Máscara, e todos sabem que não se joga vampiro durante o dia 🙂
Menina-Gato: A mais longa foi nessa Gencon. Joguei junto com o ML com o All Day Pass a mesma campanha em 6 encontros no espaço de 4 dias. Mas, se for considerar uma sessão só, acho que foi o live de Vampire, que ainda estamos jogando e foi quase a noite toda.
Janary: Quando se tem 14 anos e feriado emendando com fim de semana, é possível jogar por cerca de 72 horas. Assim tive várias: Vampiro, Lobisomem, D&D…
Mallien: Acho que uma sessão de Vampiro: A Máscara com Gabriel e Neilson na qual jogamos em tempo real do por do sol ao nascer dele.
Dia 17: RPG de fantasia preferido
ML: Fantasia é a minha praia, e para mim nada é melhor que D&D. Foi a primeira coisa que eu joguei, foi a primeira coisa que eu mestrei, e se você fala em Fantasia é praticamente tudo o que jogamos, não importa se você tenta isso usando sistemas como EarthDawn ou Dungeon World. D&D já é um gênero, não apenas um jogo. Eu passei alguns anos sem jogar, mas quando lançaram a 3a edição em 2000, e de novo em 2014 com a 5a, ele recapturou minha imaginação para o jogo em si. E eu gosto das próprias tradições de D&D, tipo jogar Ravenloft com grupos novos, entrar em Undermountain como novos jogadores, e discutir versões de regras e dos mesmos feitiços com os amigos. D&D é amor.
Menina-Gato: Reforçando o coro com Mallien e ML, eu gosto mesmo é de D&D. Mas sempre quis tentar o Castelo Falkenstein e o RPG só de magos, Ars Magica.
Janary: Aventuras Fantásticas! Durante anos eu joguei aventuras solo me aventurando pelas diversas regiões do mundo de Titan, dos ingleses Steve Jackson & Ian Livingstone. Quando consegui o livro do cenário das Aventuras Fantásticas (que apesar de pequeno, possui apenas histórias e descrições, algo raro até então) mestrei minhas melhores campanhas. Do Porto das Areias Negras em Allansia até as Regiões do Caos, em Kull. Hoje tenho os novos livros do Advanced Fighting Fantasy, um clássico que continua atualizado.
Mallien: Concordo com Larcher, D&D sempre foi e será meu RPG favorito, não importando os outros que apareçam no caminho. Tive excelentes partidas nos universos clássicos de AD&D, além da campanha que narrei em Forgotten Realms.
Dia 18: RPG de ficção científica preferido
ML: A resposta certa para essa pergunta é Traveller, e eu adoro. Mas a segunda vez que joguei RPG na vida foi Gurps Space, e de lá pra cá tentei muitas coisas, desde Cyberpunk 2020 a Shadowrun, que acho ótimos. Eu quase nunca mestrei essas coisas, tirando uma incursão em FATE com Star Trek: Enterprise. Agora, meu preferido mesmo é Fading Suns, um RPG da nova idade das trevas num futuro distante em que a humanidade abandonou a terra e colonizou planetas usando tecnologia alienígena. Nesse novo Império Bizantino do futuro as pessoas não sabem mais como funciona a tecnologia, uma igreja única se formou, e casas nobres corruptas dominam os recursos.
Menina-Gato: Estou gostando do Star Trek que o Tiago Hackbarth está mestrando em GURPS, com vários props de papel. Está genial e é realmente simples a ficha. Mas tem aquele Abismo Infinito do John Bogea que está no meu radar para jogar, quem se habilita?
Janary: Nos últimos anos o que mais me conquistou foi o 3:16 Carnificina nas Estrelas, mas também joguei e gosto muito do Shadowrun.
Mallien: Acho o 3:16 Carnificina nas Estrelas é sensacional, tenho mas nunca narrei o Abismo Infinito, e o UED, a qual a temática me amarrou. Mas um que joguei e me diverti muito em minhas incursões de Sci-Fi foi o Shadowrun.
Dia 19: RPG de super-heróis preferido
ML: Eu nunca gostei muito de Supers, mas tenho aqui em casa duas coisas que eu jogaria/mestraria feliz: Watchmen para DC Heroes e Hellboy para Gurps… nesse até já cheguei a fazer personagens usando Fate Supers.
Menina-Gato: Tenho de dizer que eu tenho um trauma muito grande com RPGs de super-heróis, especialmente de Marvel Superheroes, que foi o único que já joguei. A história é muito triste, joguei com meu primo e ele fez a gente fazer personagens numa tabela de porcentagem, e eu terminei com 15% de elasticidade, 3% de grito ultrassônico. Todo mundo era tosco e não servia para nada. Por isso vou me abster desse voto!
Janary: GURPS Supers foi o que eu mais joguei e é um dos que mais tem opções para elaboração de personagens e cenários.
Mallien: Acho que nesse Gênero já joguei vários: Marvel Superheroes, DC Heroes, Mutantes e Malfeitores, mas o meu favorito sempre será o GURPS Supers, tive altas aventuras com o amigo Petras Furtado narrando Liga da Justiça Brasil lá em Natal.
Dia 20: RPG de horror preferido
ML: Que não seja Cthulhu, porque senão acho que a resposta de todo mundo seria Cthulhu… é o que as pessoas mais pedem no encontro D30, mais até que D&D. Para mim é Unknown Armies, como dizia a propaganda, “um RPG de horror transcendental e ação furiosa”. Tem um sistema simples, rituais atuais, como a Pornomancia, e um sistema de loucura e estresse baseado em várias formas de terror, como sobrenatural, pessoal, violência, isolamento… Tem um cenário de terror moderno para Savage World, East Texas University, com seu Redneckromancer, que tem algo em comum.
Janary: Seria injusto citar apenas um! Mundo das Trevas pela versatilidade para adaptações e qualidade de material; e óbvio que Call of Cthulhu pelo conceito de jogo e estilo narrativo.
Mallien: Como Janary disse é injusto citar somente um logo lá vai: Cthulhu, Mundo das Trevas, e recentemente diria o Este Corpo Mortal, que achei ter umas pegadas interessantes.
Dia 21: Cenário de RPG preferido
ML: Vamos falar a verdade, cenário é coisa de D&D, e eu deveria dizer Forgotten Realms, mas vou ser sincero com vocês e dizer que meu cenário preferido de D&D é Thunder Rift. As aventuras são muito legais, e se passam num tipo de mundo simples em que você não tem de se preocupar com reinos vizinhos ou povos do outro lado do planeta. Os deuses são os que você quiser, e não tem raças bizarras como principais. Thunder Rift é o cenário da caixa preta de D&D, chamado de D&D Básico, e da Rules Encyclopedia. É um mini-cenário, ideia parecida com o Nentir Vale da 4a edição, e no fim das contas até fazia parte de Mystara, o cenário da caixa vermelha de D&D, e ficava ao norte do Grão-Ducado de Karameikos.
Menina-Gato: O meu sim é Forgotten Realms, que tem mais histórias legais e personagens importantes para mim, como o Elminster, as escolhidas de Mystra, o rei Azoun… E eu gosto também muito do cenário original de Vampire, meio punk-gótico, conhecido também como “Anos 90” 🙂
Janary: Titan, famoso pelas aventuras fantásticas. Passeando pelos três continentes pode-se ter todo tipo de fantasia das mais aventurescas às mais sombrias.
Mallien: Para mim Forgotten Realms, no período do Time of Troubles sempre será o melhor cenário! E para quem não sabe Forgotten Realms é o mundo onde se passa Caverna do Dragão. Existe até uma HQ acho que Grand Tour é o nome onde Preston se torna aprendiz de Elminster.
Dia 22: Lugar perfeito para jogar RPG
ML: Um dia ainda vou ter um porão, é o lugar perfeito para jogar qualquer coisa. Depois de todo jogo sobra uma bagunça enorme, por isso o porão do RPG é tão genial, porque você pode deixar tudo lá e só vai arrumar no outro dia, sem que seja sua sala ou escritório que fica na bagunça…
Janary: Em casa! Não importa de quem seja, só preciso me sentir confortável.
Mallien: Tenho o mesmo sonho do Larcher do porão do RPG, mas enquanto não tem ele, qualquer lugar onde ficasse confortável tá valendo!
Dia 23: Jogo perfeito para você
ML: Algo Dark Fantasy. Eu tento sempre levar as coisas para o horror e a desgraça, deixando os heróis como a (única) esperança de um tempo difícil. Nem sempre eu consigo, mas é por isso que joguei tanto Vampire e gosto de colocar intrigas nos jogos de D&D. Eu adoro os jogos de terror, mas neles você não tem esse componente heróico, sou mais um Dungeons & Cthulhu, sabe? E não precisa ser medieval, fantasia é interessante na idade média assim como no futuro, um fireball é legal no dungeon, na nave espacial, e no prédio de escritórios. Em Cthulhu, por exemplo, gosto mais da ideia de uma força tarefa contra os mythos do que dos inocentes que se envolvem na história, estilo Delta Green. Algo como Warhammer, Fading Suns, Dresden Files, e aguardem agora Night’s Black Agents!
Janary: Para mim algo com regras simples, adaptável, e que busque incentivar a interpretação do que suas habilidades podem fazer pelo personagem. Decisões rápidas, imersão total, e Diversão acima de tudo! Eu encontro isso em Fighting Fantasy (quantas vezes já citei ele na lista?) que tem possibilidades infinitas em seu vasto cenário.
Mallien: Gosto de jogos que explorem desafios, onde se desenvolva interpretação em algo mais que apenas rolagem de dados, acho que por isso meu jogo perfeito as vezes parece uma colcha de retalhos. Logo meu jogo perfeito tem pitadas de Fiasco, D&D, Cthulhu e até Vampire numa pegada Arquivo-X encontra X-Com.
Dia 24: Regra da casa preferida
ML: Estava falando sobre isso esses dias. Muito do que a gente joga é D&D, e há muito tempo usamos regras que agora são usuais e fazem parte da 5a edição. Por exemplo, os feitiços que os magos decoram não são esquecidos assim que são lançados, é a energia mágica que vai se esgotando naquela pessoa. É uma mudança pequena, mas faz toda diferença porque os feitiços continuam à disposição. E usamos essa house rule desde a 2a edição, meus amigos, não é uma coisa que nasceu ontem. A ideia desde o começo é limitar os magos, porque eles são fodas mesmo e à medida que avançam de nível, pegando feitiços de 3o, 50 e 9o nível, eles ficam insuperáveis. Mas há muitos meios de contornar isso, e me lembro de uma vez estar jogando 2a edição em algum lugar do inferno em que o mago precisava fazer certos feitiços muito poderosos, e cabia ao guerreiro, o ranger e a druida segurar a horda de demônios que tentava impedi-lo. Com certeza o mago poderia dissipar a horda, mas ele estava ocupado…
Janary: A de que vale tudo pela diversão! Mas quem já jogou comigo sabem que o “cuspe divino” é ótimo para aquietar jogadores hahahaha
Mallien: Acho que a diversão e logicamente bom senso são elementos que existem em minhas mesa. Não sou de pegar o livro de regras e falar que aquilo é o que é válido. Gosto de ver o desenrolar de algumas ideias dos jogadores, se os jogadores bolarem uma tática ou esquema que seja interessante vou escutar e se for bacana torno valida. Outra house rule que uso é que as regras dos livros não são mandamentos, logo para aqueles advogados de regras e pessoas nonsense, sempre existirá o “dedo do divino”.
Dia 25: Mecânica de jogo revolucionária preferida
ML: Esses dias eu estava lendo sobre regras e uma verdade está escondida nisso: as novas mecânicas mais relevantes e revolucionárias estavam na cara o tempo todo. Um exemplo banal é a vantagem/desvantagem da 5a Edição de D&D, que pode não ser revolucionária, mas é muito legal. Quer coisa mais simples? E vai dizer que isso não estava quicando para ser implementado? Mas para mim a mecânica realmente revolucionária vem com jogos de narrativa compartilhada. Dungeon World é um ótimo exemplo, em que os jogadores têm opções até mesmo para interferir no que o mestre descreve… é muito legal a ideia de que o jogador conta parte da história. “Vocês encontraram um anel mágico”, o mago do grupo faz um teste de conhecimento mágico e o mestre responde para ele: “Esse é um anel élfico de tempos remotos, me conte como ele funciona”.
Janary: Vampire e suas fichas de bolinhas que juntavas habilidades e atributos para determinar rolagens. Pode parecer bobo, mas o que se chama de pool de dados foi espalhado ali como uma forma de jogar, mais que um bônus numa única rolagem. E também trouxe personagens criados com base em conceitos mais descritivos para a incentivar a interpretação.
Mallien: Tanto o Este Corpo Mortal, quanto o Espírito do Século têm uma mecânica que acho genial, que é a do jogador poder acrescentar elementos que passam a fazer parte do jogo, por exemplo os jogadores estão fugindo de um vampiro e veem logo a frente um rio, um deles proclama que vampiros não atravessam água, porém não atravessar água e muito abrangente logo o mestre pede para os outros jogadores restringirem mais essa ideia, um dos jogadores sugere que vampiros não atravessam água corrente, o mestre acata e a partir de agora essa característica faz parte da aventura.
Dia 26: Inspiração preferida para seu jogo
ML: Eu já fiz campanhas inteiras baseadas em romances, e não sei como alguém pode querer jogar RPG sem ler Fantasia. Na verdade o jogo fica bem mais pobre se tudo o que você leu foi o livro de regras. A gente tem uma bem sucedida série de livros baseados em RPG, a trilogia de Tormenta, mas não devíamos ficar só nos livros de franquias, legal é procurar os clássicos do que você gosta e recomendações com outros fãs. Eu por exemplo não gosto tanto do Senhor dos Anéis, mas se você quer descrever elfos e anões no seu jogo e ainda não leu, pô, tá na hora! minha maior recomendação é a série Earthsea, que está saindo no Brasil como Terramar. Claro que você pode tirar inspiração, e até mesmo roubar ideias de filmes e séries, mas a maioria dos jogadores e mestres vai ter visto as mesmas coisas. Por outro lado, se você leu o mesmo livro, pode ter imaginado coisas muito diferentes…
Janary: Eu comecei a jogar RPG por causa da literatura, então não consigo pensar em algo melhor do que livros… mas quadrinhos são excelentes também!
Mallien: Para mim depende da temática da mesa, por exemplo para aventuras de TRIAD, que é um cenário de espionagem meu, minha inspiração são Arquivo-X e o jogo X-Com, para jogos de Vampire, Filmes e livros de Anne Rice e Drácula de Bram Stoker, para fantasia, as novels de AD&D e outras literaturas. Um exemplo que tenho bacana foi um Crossover de Toons que Hélio e eu mestramos numa viagem de Natal para um evento de RPG em João Pessoa, mestramos no Ônibus o grande encontro dos universos de Maurício de Souza e Walt Disney, cada um de nós ficou com um universo, a inspiração para seleção de personagens e a aventura em si, veio da leitura do almanaquão de férias e os Big Almanaques Disney.
Dia 27: Ideia favorita para mesclar dois jogos em um
ML: Já faz tempo que trabalho nessa mescla, que na verdade nem é tão difícil assim. Eu acho Dark Sun muito legal, mas acho que devia ter algo de Mad Max, com gasolina e armas de fogo. Deadlands tem um sistema ótimo de armas de fogo para Fantasia, e quando vi o Titansgrave achei que já viria com essa ideia Thundarr o Bárbaro pronta pra misturar com Dark Sun. É isso, pegue seu rifle, ou blunderbuss para soar fantástico, e atire contra o rei-mago da cidadela ancestral. Não sou tão fã da temática de Weird West, mas seria muito legal um Dark Deadlands Mad Max style… ainda mais depois do filme, que é ruim, mas é muito de RPG. Até já tem algumas coisas, Gunslinder para D&D, e WW + D&D, só falta Dark Sun!
Janary: Os dois estilos que mais curto são fantasia e terror, o que resulta disso é a chamada Dark Fantasy, que rende aventuras excelentes. Já misturaram isso em Midnight, que recomendo!
Mallien: A primeira vez que fiz isso foi com o Demos Corporation, o Demos foi o primeiro RPG de Espionagem 100% Nacional, porém as regras dele por serem complexas era complicado para se usar em mesas de jogos de eventos, por isso mesclei o universo dele com as Regras de Vampiro a Máscara, e o que era complexo foi levado as mesas em vários eventos no circuito Natal- Jampa. Depois fiz isso para meu cenário que foi Mesclar Espionagem, Arquivo-X e X-Com e assim nasceu a T.R.I.A.D (Trace Research Investigate Analise Defend) que criei junto com dois amigos, e hoje é o core do Sistema Lumine que está em desenvolvimento.
Dia 28: Jogo preferido que não joga mais
ML: Earthdawn. Ficou no tempo esse jogo pra mim. Já tentei recomeçar um tempo atrás, mas não foi a mesma coisa. Tem uma nova edição, uns livros menorzinhos que são bem bonitos, mas não sei, tenho essa impressão de que joguei demais e completei todas as histórias. Que são boas inclusive, recomendo pra vocês que ainda não jogaram.
Janary: Caçadores Caçados, o suplemento de Vampiro. Acho que foi o livro mais legal que já comprei. Mestrei muito e joguei pouco. Mas há anos não faço nenhum dos dois.
Mallien: Aqui volto para minha esfera marketeiro, Assim como Janary Caçadores Caçados para mim foi um marco, inclusive narrei mesa dos Caçadores aliados a inquisição em visita do Papa ao Brasil pelo Natal by Night na época, sempre achei muito legal. O próprio DEMOS Corporation que citei anteriormente, gostava da atmosfera no estilo do grupo Check Mate da DC, e por útimo o Toons, mas esse tem mais chance de voltar a ver mesa do que os outros.
Dia 29: Site/blog de RPG preferido
ML: Eu gosto do slyflourish.com e do ENworld.org, e queria muito escrever mais pro d30rpg.com.br, pra ficar melhor 🙂
Janary: Durante muitos anos existiu um site chamado RPG.com.br que tinha todos os tipos de materiais impecáveis para tudo que era jogo. Todos elaborados por jogadores e mestres do Brasil inteiro. Infelizmente não existe mais. Por isso, indico o site do D30 RPG!
Mallien: Sou mega fã do blog pontosdeexperiencia do amigo Diogo Nogueira, lá sempre encontro as mais variadas resenhas sobre uma pá de jogos.
Dia 30: Celebridade jogadora de RPG preferida
ML: São sempre os mesmos, e eu até aprendi que a Jude Dench joga D&D… vale subcelebridade? O Léo Lins jogou RPG com a Menina-Gato.
Janary: Stephen King, o grande autor de livros de terror e fantasia. Não precisa falar mais nada, Stephen King jogava RPG!!!
Mallien: Acho que nesse caso diria Wil Wheaton e Vin Diesel.
Dia 31: Coisa não-RPG preferida que veio de um RPG
ML: essa pergunta foi feita para as pessoas dizerem: as amizades. E de fato alguns dos meus melhores amigos eu conheci por causa do RPG, de grupos que se organizaram em volta disso. Desde a Base Rebelde na UnB, passando pelo BBN, e o próprio D30. Aliás, eu não conheceria minha gatinha hoje em dia se não fosse isso. Acontece que RPG sempre reúne pessoas legais, e se elas não são tão legais, com o tempo ou elas se tornam legais ou param de jogar RPG, simples assim 😉
Janary: Os livros de literatura provenientes de cenários de jogos.
Mallien: Tenho que concordar com o ML, as amizades. O ciclo de amigos que o RPG trouxe em minha vida é um dos meus bens mais preciosos, graças a esse fantástico jogo tenho amigos nas mais diversas partes do mundo.
com algumas traduções do nosso amigo Fred, que também está participando da brincadeira.
ML
Mallien, é pra ser um só! 🙂
Mallien
ML tenho um grande coração! Ou so um pusta marketeiro!
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Rafael Canhête Filho
Pôrra, Mallien, libera um PDF de DEMOS Corporation aí pra galera!
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