#RPGaDAY2023 – O QUE ROLA PELO @D30RPG
O #RPGaDAY2023 é uma iniciativa de uns blogs americanos para divulgar a multiplicidade de RPGs que existem pelo nosso estilo de jogo preferido! Então, o D30 novamente vai participar dessa iniciativa tão legal, principalmente pela brincadeira estar completando 10 anos, nós resolvemos falar dos nossos jogos queridos novamente. Assim como nos anos 2015, 2017 e 2018 essas respostas são para motivar vocês jogadores de RPG!
#RPGaDAY2023:
Dia 01: Primeiro RPG jogado (Neste ano).
Ricardo Mallen – O ano abriu com a continuação da nossa maravilhosa campanha sandbox do minduin Volnei no universo de ABEA: A Bandeira do Elefante e da Arara.
Janary Damacena – É muito fácil começar qualquer ano jogando D&D, seja qual for a edição. Apesar disso, não tenho certeza absoluta que comecei jogando a atual edição, pois lá em janeiro desta no participei de uma partida da 4ed (que é bem maneira, mesmo com o choro da galera contrária). Mas como foi uma partida casual de empolgação entre amigos e com a data incerta, vou considerar a campanha que estou jogando como druída. Ah, vale destacar que o cenário é o excelente Nentir Vale, com seus “pontos de luz”.
Thiago Freitas – Tormenta20.
Zé Marcelo – Meu ano de 2023 abriu com brumas em um jantar onde o anfitrião era Strahd Von Zarovitch e meu grupo de jogadores iniciava sua derradeira jornada no domínio de Barovia em mais uma partida de D&D 5ed na aventura “Curse of Strahd”.
ML – Meu amigo Sílvio é um cara incrível, mas também é a única pessoa que me faz ainda jogar AD&D 2e. Então comecei o ano jogando o mago Sthefanus, na campanha de Paladin in Hell que ele começou há dois anos e estamos quase no fim. O sistema é terrível, mas pelo menos eu sou o mago, que era privilegiado naquela época do D&D, e a ideia de personagens que imitam os Vingadores é bem legal, eu sou o Dr. Estranho, que adoro, e o paladino que vamos buscar é um certo Capitão.
Dia 02: Primeiro mestre de RPG.
Ricardo Mallen – No início de 1993, morava em Natal e um dia estava saindo da minha busca incessante por livros de RPG que não fossem livros Jogos na Poty Livros quando conheci o meu amigo Tendson que me apresentou ao Players Handbook do A&D 2nd. Foi aí que a Caixa de Pandora se abriu.
Janary Damacena – Minha primeira mesa “séria” só foi jogada por volta de 1994, quando meu tio Lano teve a incrível disposição de mestrar AD&D para seis crianças (entre seis e dez anos) numa noite fria de sábado. Ainda hoje a lembrança daquele momento é bastante vívida em minha mente, com meu anão de barba longa e ruiva que carregava um machado para se proteger dos perigos à espreita… foi um momento especial, verdadeiramente mágico!
Thiago Freitas – Cristiano “Chicão”.
Zé Marcelo – No carnaval de 1991, meu grande amigo André Egler, vizinho de bloco na minha quadra em Brasília nos apresentou um jogo diferente, de caixa vermelha que recebera de presente de sua tia: Dungeons & Dragons – Basic. Todos entusiastas de jogos de tabuleiro, ficamos fascinados com um jogo que extrapolava todos os limites de possibilidades e nos aventuramos pelas masmorras atrás de Bargle, o infame. Meu primeiro personagem, Joe Throw Moon Do era um magic-user de primeiro nível com apenas 1 magias por dia (Sleep) e 1 adaga. Então, minha maior utilidade era resolver charadas e mapear as masmorras. 😂
ML – Em 1992 meu colega de escola Flamarion pegou a caixa vermelha de seu irmão e reuniu nossos amigos para um jogo na loja da mãe do Vinicius, na Babilônia Norte. Eu era um anão invocado e as meninas que jogaram com a gente se lembram até hoje do fim de uma hidra que enfrentamos, e foi morta pela adaga da maga do grupo. Até hoje somos amigos, eu e Flama.
Dia 03: Primeiro RPG comprado esse ano.
Ricardo Mallen – Em meados de Abril a Editora Retropunk lançou o financiamento do RPG PBTA do Usagi Yojimbo.
Janary Damacena – Logo na primeira semana de janeiro eu comprei a aventura Temple of the Ice God, da Arion Games, editora do meu amado Advanced Fighting Fantasy. Não tenho como esconder o carinho que tenho por esse jogo, que é um dos meus favoritos da vida! E desde 2011, quando a Arion passou a publicar a segunda edição do AFF, os materiais de jogo vêm saindo frequentemente e com qualidade. O mote dessa aventura segue um mistério sobre algo que está causando um inverno sem fim enquanto os aventureiros são instigados a libertar uma pequena vila das garras malévolas da neve incessante. A aventura foi escrita pelo cara que é a força motora do jogo há mais de uma década e que é um dos caras mais legais do RPG: Graham Bottley.
Thiago Freitas – A Lenda de Ghanor.
Zé Marcelo – No início de maio, embarquei em uma aventura interestelar junto com a Secular Games, nosso estimado Tiago Marinho e o caríssimo Júlio Mattos participando do financiamento coletivo de Rebel R – Narrativas Estelares, um divertido sistema para diversas ambientações espaciais como Firefly, Star Trek e Guardiões da Galáxia.
ML – Eu devo confessar que estou comprando menos coisas, porque a fila de jogos para experimentar está gigantesca. Até tenho doado / vendido coisas que nunca mais vou usar para amigos. Mas dai chegam coisas que você simplesmente precisa comprar! Twilight Imperium é um dos meus jogos favoritos, eu já tinha o RPG antigo, porém injogável, e agora ele saiu com o sistema Genesys, que eu adoro… então, primeira compra: TI: Embers of the Imperium, que inclusive já mestrei no Encontro D30.
Dia 04: Aquisição de RPG mais recente
Ricardo Mallen – Minha mais recente aquisição é um RPG doidão, que sempre me arrependi de nunca ter pego quando ele surgiu. Mais recentemente tive a honra de conhecer o grande Encho Chagas no DOFF (Diversão Offline) lá em São Paulo, e saber em primeira mão que o Tiago Junges, o Coisinha Verde, estaria relançando uma reimpressão através de financiamento coletivo do jogo do Encho, Pulse. Esse jogo narrativo ganhou na época que foi lançado o Game Chef, um concurso internacional de game design, e também o Prêmio Dragão de Papel 2014 de melhor RPG nacional. E esgotou rapidamente algum tempo depois de seu lançamento, logo assim que soube da notícia, não tive dúvidas e desta vez garanti o meu!
Janary Damacena – Recentemente peguei a segunda edição de One Ring, do autor Francesco Nepitello. O jogo já tinha me entregado uma das experiências mais belas, tanto em termos de arte quanto de mecânicas para emular a jornada de uma companhia, sempre com a presença das sombras para lhes pesar o coração. Ainda estou no começo dessa nova edição, que atualiza as regras anteriores e demoro um pouco para experimentar esse jogo.
Thiago Freitas – A última compra de RPG não foi um jogo mas sim dois suplementos muito esperados, Atlas de Arton e Ameaças de Arton para Tormenta20. Um novo recorde em financiamento coletivo. O material está previsto para ser entregue em dezembro, mas eles estão lançando prévias e o material está agradando muito os fãs.
Zé Marcelo – No começo de junho, em meio às expectativas da vinda da nova versão de Werewolf : The Apocalypse para 5ed pela Renegade Games, acabei me apaixonando à primeira vista e adquirindo o Hunter: the Reckoning 5ed. Também publicado pela Renegade Games, Hunter é um jogo completo em termos de ambientação focando em pessoas normais no World of Darkness que despertam uma Motivação (Drive) que os impele a caçar vampiros, lobisomens, fantasmas, demônios e toda espécie de escória sobrenatural. Baseando do sistema de d10 e “bolinhas”, Hunter traz uma mecânica adicional de dados de Desespero que adicionam urgência ao jogo junto com uma dose de sorte extra e aumento natural do perigo. Pois quando se olha muito tempo para o abismo, ele sempre olha de volta.
ML – Comprei para o amigo Jorge, que mestra Dragonlance, o Shadow of the Dragon Queen capa alternativa, para ver se voltamos a jogar e derrotamos a conspiração de Draconianos e personagens estranhos que são os queridinhos do cenários!
Dia 05: Jogo mais ANTIGO que já jogou
Ricardo Mallen – Acho que sem dúvida alguma seria o AD&D 2e, nunca cheguei a jogar a Caixa Vermelha. Comecei com jogando uma mini campanha de AD&D simplesmente criada com a Trindade: Players, Dungeon e Monster Compendium que naquela época era um fichário. Comecei com um mago de nível 1 o Egon Wise, cuja ficha tenho guardado até hoje.
Janary Damacena – Como o ML falou aqui em baixo, há uns anos atrás tivemos a experiência de jogar D&D 0e da maneira como as regras detalhavam e usando tudo no jogo da forma mais aproximada do material dessa caixa. Foi super maneiro, um jogo bem divertido com bons amigos. Não tinha como ser melhor que isso… e eu estava jogando de anão!!!
Thiago Freitas – O Jogo mais antigo que joguei foi o AD&D 2º edição. Inclusive foi também esse o primeiro que joguei. Nunca esquecerei meu bárbaro 18/100.
Zé Marcelo – Quando ainda estava na UnB em 1995, tive a oportunidade de jogar, pela 1a vez com o mestre Fernando Rufino uma partida AD&D 1st edition. Minha personagem era uma half-orc assassina/clériga chamada Irayla Khan (nome que reciclei algumas vezes posteriormente). Apesar de parecer muito com o 2nd ed, gostei das combinações de classes e habilidades que eram únicas ao 1st edition. Nos últimos 2 anos, consegui matar um pouco da saudade do sistema, jogando novamente em 1st edition com o mestre Matthias num grupo onde também estão o Janary e ML (embora estejamos bem parados). Meu personagem é um humano fighter dos Rhenee chamado Stephran. A aventura? Nada mais clássico que Temple of Elemental Evil.
ML – Não tem como ser mais antigo que D&D 0e, caixa branca, usando Chainmail e com personagens feitos do zero. Fizemos esse experimento alguns anos atrás e foi realmente divertido e inesperado como o jogo original era diferente, inclusive do que as pessoas imaginam que era, e quantas variações foram surgindo ao longo do tempo, ainda nos primórdios.
Dia 06: Jogo favorito que você NUNCA consegue jogar
Mallen – Meados do ano 2000 ouvi falar no Encontro Paraibano de RPG e João Pessoa de um RPG onde os jogadores eram crianças enfrentando seus medos infantis como o Homen do Saco, Bicho Papão, Loira do Banheirom, entre outros, esse RPG era o Little Fears, consegui o PDF e achei o jogo maravilhoso, mas nunca joguei. Alguns bons anos atrás a Editora Retropunk estava com os direitos da nova versão, o LIttle Fears Nightmare Editiion, e o tentou lançar via financiamento coletivo, mas como não atingiu a meta mínima ele não foi lançado. Entretanto em 2021 já nas mãos de outra edtora, a Hugginn & Munnin finalmente ele teve êxito no financiamento coletivo, e acredito que agora é apenas uma questão de tempo.
Janary Damacena – Olha, pra falar a verdade o meu jogo favorito que eu quase nunca jogo é o Advanced Fighting Fantasy. Pode parecer que não, mas eu jogo bem pouco e quase exclusivamente mestro nos Encontros D30. Talvez por ser um jogo com mecânica simplista demais ou por ter tanta coisa que eu quero testar nos eventos. Mas o que eu sinto falta é de uma campanha de AFF… algo com umas boas 10 sessões ao menos. A última vez que consegui isso faz mais de dez anos, quando mestrei a aventura “As cavernas da feiticeira da neve”.
Thiago Freitas – Meu jogo favorito que nunca consigo jogar e Mutantes e Malfeitores, tenho que melhorar minha agenda e achar um tempo para poder jogar. Na minha nada humilde opinião, parafraseando um famoso bruxo, o melhor jogo de super heróis que existe.
Zé Marcelo -Em 2019 tive a oportunidade de colaborar com o financeiro coletivo mais caro que já fiz (por volta de 400 reais). E o projeto demorou muito a ficar pronto, sendo entregue com quase 3 anos de atraso. Mas, tinha um forte apelo emocional e senso de compromisso por ser pai de um jovem autista: “Critical Core” da Games to Grow. Um RPG baseado nas regras do D&D 5ed com técnicas narrativas e visuais específicas para trabalhar competências sociais e resolução de problemas para pessoas neuroatípicas. Confesso que ainda não consegui me organizar para ler o material e testá-lo tanto com meu filho quanto outras pessoas interessadas.
ML – Unknown Armies, que é ao mesmo tempo meu favorito e o que não consigo jogar porque é quase para ser uma experiência literária, os personagens têm de ser especiais e interessantes, e isso despende muita energia…
Dia 07: RPG MAIS INTELIGENTE que você já jogou
ML – Sabe quando alguém quer resolver um problema que você nem sabe que existia antes da pessoa te dizer? Foi o que aconteceu quando joguei Hillfolk pela primeira vez e fui apresentado ao DramaSystem. A ideia é que você precisa resolver o conflito entre os personagens, em vez de resolver conflitos com o mundo, como faria na exploração de uma masmorra. E o Robin Laws fez alguns dos sistemas que eu mais gosto, como Trail of Cthulhu e Feng Shui.
Janary – Rapaz, que complexa essa hahaha mas vamos lá! Eu acredito que Vampiro: A Máscara 2ed, foi o livro que mais me chamou atenção e instigou a buscar por todas as referências, indicações, citações, livros, músicas e bandas que permeiam aquelas páginas. Lembro que quando peguei esse RPG nas mãos, lá nos anos 90, minha cabeça explodiu. As ilustrações são lindas, o conceito é irresistível, a forma de compartilhar uma história era inovadora, o modo de criar a narrativa se alicerçava em estruturas mais sólidas que a maioria dos jogos que eu tinha lido até então.
Thiago – Achei que tinha que ser os jogadores. kkkkkkkkkkkkk
Mallen – Para mim um dos RPGs mais geniais que já joguei, em seu formato, e no que realmente se trata a essência do jogo que é o Role Play, é o Alice is Missing, esse jogo do Spenser Stark é um RPG Silencioso, premiadíssimo onde cartas guiam os jogadores enquanto eles procuram a amiga desaparecida num jogo de interpretação onde exploram suas relações enquanto descobrem pistas que o deixam mais próxima da verdade do que aconteceu com Alice.
Zé Marcelo – Eu adoro o Marvel Heroic Roleplaying da Sovereign Press (empresa da Margareth Weiss de Dragonlance). Ele teve uma curta edição (2012-2013), pois logo em seguida a Marvel cancelou a licença. É uma pena, pois usa um sistema excelente (Contex), onde sua pilha de dados é montada sobre fatores de personalidade, poderes, perícias e como o personagem trabalha em grupo. Mas, o mais sensacional é que essa pilha altera bastante durante o jogo, incluindo bonus e dados extras, incluindo colaborativos ou de ativos (assets) construídos durante as cenas. Como boa notícia, apesar do MHR ter sido descontinuado, sua base foi utilizada para o Tales of Xandria, um RPG ambientado na série de animação “O Príncipe Dragão” da Netflix.
Dia 08: PERSONAGEM favorito
ML –Mestrando eu me apaixono pelos personagens dos outros. Mas numa das aventuras mais legais que mestrei, eu tinha um personagem que era a razão para a união do grupo, um personagem que havia morrido antes da campanha começar: Tessaril Truesilver. Ele era o irmão mais velho da cavaleira do grupo Alicia Truesilver, namorado do druida, Felix Huntsilver, melhor amigo do mago Allan White, e secretamente irmão da espiã Emery ‘Viper’, que no passado havia se passado por namorada dele, que era herdeiro de um nobre. Tanto no começo da campanha, quanto em vários momentos quando voltávamos à cidade natal do grupo, essa memória ressurgia, e eu podia reviver os momentos que tivemos como grupo antes da morte do jovem guerreiro.
Janary – Como sempre, o “favorito” depende de uma enorme quantidade de fatores e pode até mudar com o tempo. Nos últimos 15 anos de RPG, acredito que meu personagem mais querido e com o qual mais me identifiquei foi o halfling Adokk Gibbons “Shadowgrave”. O jovem se perdera dos pais ainda jovem quando precisou se aventurar pelo mundo… entre idas e vindas por diversas cidades da Sword of Coast, em Forgotten Realms, Adokk acabou acolhido em um grupo muito especial com a missão de derrotar o culto do dragão. O halfling se juntou ao homem de armas e herdeiro nobre, Sir Doryan Kayne; Valério Rocca, o culto, fanfarrão magicalmente genial bardo; Acheron, o guerreiro dos deuses renascido com o sangue ancestral dos dragões; Lia, a bela e peculiar eladrin do mundo das fadas e Xanaphia, a elfa maga do gelo. Juntos eles se aventuraram por muitos anos, assim como os amigos jogando. Começamos quando ainda era D&D Next, migramos para recém-lançada 5e e seguimos jogando por mais de três anos, semanalmente às segundas. Alguns meses após começar a campanha, passei a escrever um diário do Adokk – que hoje é uma grande relíquia, que rememora uma jornada incrível! Obrigado ML 😉
Thiago – Meu personagem favorito foi um Samurai que joguei no extinto AD&D, usando as regras do Complete Fighters Handbook, ele morreu corajosamente enfrentando um ogro.
Mallen – Mallen – Acho que ao longo dos meus anos de RPG tive alguns que considero memoráveis, como meu primeiro personagem de AD&D, Vampiro, D&D, mas hoje sem sombra de dúvidas é o Arabutã, meu personagem da campanha de ABEA (A Bandeira do Elefante e da Arara), com a qual jogo a mais de 3 anos em um grupo que hoje se tornou família. A jornada que o Volnei tem criado no nosso Brasil Colônia e que tenho vivido com o nosso grupo, é dificil descrever em palavras, pois se encontra lírico e o épico.
Zé Marcelo – Meu personagem favorito, não somente pela longevidade de campanha, como pelo arco desenvolvido durante as aventuras, é Carcharis um clérigo meio-elfo aquático de Heironeous. Joguei ele de 1o a 20o nível em uma campanha do Adventure Path Savage Tide da extinta Paizo. Nosso DM Cid conseguiu a façanha não somente de trocar de sistema quando estávamos em 16o nível (saímos de D&D 3.5 para D&D 5ed) como manter a campanha rodando mesmo durante os anos de pandemia (utilizando a plataforma Fantasy Grounds) e integrando perfeitamente o background de cada um dos 5 integrantes do F.B.I. (Five Blades of Impossible). Na última sessão, meu personagem teve o destino mais trágico do grupo: (Pare aqui se você não quiser spoilers da aventura) Após derrotarmos Demogorgon, meu personagem absorveu a coroa, tornando-se o Regente Supremo de Gaping Maw, um dos 666 layers do Abismo.
Dia 9: DADOS favoritos
ML – Eu tenho uns dados de metal lindos, uns dados oficiais das aventuras de D&D Next, e meus primeiros dados que comprei para jogar D&D. Mas sempre gosto dos mais novos, e são meus novos dados do Arbis, que são a bobagem mais engraçada que comprei recentemente.
Janary – Essa é fácil! Meu dado favorito de toda a vida é o meu primeiro dado exclusivamente para RPG: um d6 branco, com pontos negros em baixo-relevo e extremamente surrado pelas rolagens ao longos dos últimos 29 anos. Originalmente eram dois dados, mas infelizmente um deles se perdeu com o tempo e agora eu preciso ter o maior cuidado do mundo para não perder esse último que ainda está na ativa. Mas porque esse dado é o meu favorito, mesmo sendo um simples d6? Foi meu pai quem me deu de presente para que eu pudesse jogar os livros-jogos que eu tanto adorava. Naquele dia ganhei 2d6 e o livro “O Templo do Terror”. Isso faz parte das melhores lembranças da minha vida 🙂
OBS: Não posso deixar de citar aqui meus dados especiais com a logo do D30, tenho dois da edição laranja e dois do vermelho. Não tem como não serem mencionados aqui!
Zé Marcelo – Meu conjunto de dados vermelhos comprados na Gen Con Indy. Mas, tenho um carinho especial por um conjunto de dados transparentes alaranjados que recebi de presente quando comecei a mestrar em 1992. Vários dados desse conjunto já sumiram (incluindo o d20), mas o que sobraram já me tiraram de muitas enrascadas.
Mallen – Não posso deixar de ser nostágico com essa, claro que são do meu primeiro kit de dados de RPG (Hoje tenho praticamente um baleiro, de uma banda só, de dados de RPG), mas esses dados amarelos transparentes que vieram na época de São Paulo para Natal, sempre serão meus favoritos.
Thiago Freitas – Meu conjunto de dados favorito foi claro o primeiro que ganhei, fizemos uma vaquinha entre amigos para comprar um a famosa caixa de D&D em uma loja do Rio, como minha mãe estava indo ela ficou de comprar. Além de comprar a caixa ela trouxe para mim um conjunto de dados que vinha com uma pequena sacolinha para dados.
Dia 10: FICÇÃO associada favorita
ML – The Verdant Passage, e toda a série que se chama Prism Pentad, escritos pelo Try Denning para introduzir o cenário de Dark Sun. Até hoje esses livros reverberam na minha cabeça como a descrição perfeita do mundo de Athas. Surpreendente, com personagens fortes, um clima tenso, traições e segredos, mas também com heróis forjados nas adversidades. Que saudades de jogar Dark Sun!
Janary – Não posso falar outra coisa que não seja a trilogia do guerreiro Chadda Darkmane pelo continente de Allansia, em Titan e maior parte do cenário das aventuras de Fighting Fantasy. Depois de alguns anos de sucesso com os livros-jogo e o RPG, foi a vez de partir para o campo da literatura com “As Guerras de TrollTooth” que saiu em 1989. Ali conhecemos um guerreiro clichê (o Darkmane) e revemos um velho amigo e ótimo personagem: o mago Yaztromo. Depois desse volume, saiu “Demonstelaer, o Ladrão Demônio”, que muda um pouco o estilo indo para o dark fantasy com os mesmos personagens do livro anterior, que finalizam em “Shadowmaster”. Curiosidade: no Brasil, a editora Marques Saraiva chegou a publicar os dois primeiros volumes, mas não concluiu a trilogia.
Zé Marcelo – Toda a saga do Drizzt Do’Urden em Forgotten Realms. Principalmente a primeira trilogia (Icewind Dale) lançada em 1988.
Mallen – The Avatar Trilogy, que conta a época do período conhecido em Forgotten Realms como Time of Troubles, em que os deuses foram expulsos do Panteão e se tornaram avatares em Faerun. Conta tb a história da ascensão de Mystra, e Cyric a deuses.
Thiago Freitas – A Trilogia de Tormenta. Inimigo do Mundo, O Crânio e o Corvo e o Terceiro Deus que em todo seu arco mostra a chegada da Tormenta e nós leva até a primeira vitória contra o grande desafio do cenário.
11) Jogo mais ESTRANHO que você já jogou
Mallen – Acho que seria A Fita do Diego Auterete, inspirado em filmes como o chamado. Nesse jogo você gasta seu pool de pontos para criar equipamentos, ou como minutos para narrar uma cena (como se fosse o diretor, e personagem da cena, caso queira) gravada numa fita da vídeo cassete e que são cronometrados pelo narrador e que se os segundos casarem com o número registrado como hora maldita, algo ruim, ou sobrenatural acontece.
Janary – Sem sombra de dúvidas, Veridiana foi o jogo mais estranho que joguei na vida. O jogo é nacional, criado por Alan Rodrigo Silva, que o descreve como “um jogo narrativo, colaborativo e leitura instantânea. Em que os jogadores interpretam criaturas que vivem em uma grande árvore embarcam em uma jornada extremamente sentimental na busca de uma cura”. E acreditem, isso realmente é entregue durante a partida! Sensações e sentimentos transbordam por cada página e narração criada em Veridiana. Qual o motivo dele ser minha escolha de mais estranho? Bem, Veridiana é uma jornada por um ambiente fantástico e sensível, porém, a história trata de algo melancólico, uma doença terminal. Nas palavras do amigo Carlos Adão, que experimentou essa partida comigo: “Veridiana é o jogo mais maravilhoso que eu jamais jogarei de novo”.
ML – A Scoundrel In The Deep, um jogo de RPG em que o sistema é acender um palito de fósforo e falar enquanto ele estiver aceso.
Zé Marcelo – Nunca joguei um sistema que eu chamaria de “estranho”. Então, minha escolha nesse item vai ficar com o LARP “Torres da Meia-Noite“. O jogo se passava durante a estréia de uma peça de teatro e meu personagem tinha como objetivo descobrir um antigo sítio arqueológico que ficaria nesse teatro. A trama geral era bem doida sobre um culto com pacto com entidades egípcias e meu personagem descobriu a parede do tal “sítio” em 5 minutos e passou as outras 2 horas do jogo tentando dar um jeito de abrir…
12) Jogo antigo que você AINDA joga
ML – Me pego sempre querendo voltar a Maléfices, um jogo de terror francês do qual já falei no D30. Eu conheci ele quando fui morar lá, e queria descobrir jogos e livros nerds franceses. De tudo o que vi esse foi o que mais me marcou. Fazer o personagem é muito interessante porque obrigatoriamente você precisa fazer uma leitura de tarot. Não se enganem, eu sei que tarot na prática não serve para nada, não funciona, mas como elemento de RPG é fenomenal, porque entra nessa parte do sobrenatural que a gente tem de acreditar para que o terror funcione. Então, na leitura, uma carta sempre é secreta, só o mestre vê, e revela ao jogador em algum momento quando aquilo se realizar… ideia ótima. Mas também poderia dizer que é Call of Cthulhu, já que ele nunca mudou substancialmente 🙂.
Mallen – Esse faz tempo, mas acredito que tenha sido o Call of Cthulhu, após ter jogado a excelente campanha do Horror no Expresso do Oriente com o Luiz Cláudio Duarte, joguei ainda mais algumas one shots.
Zé Marcelo – Se jogos dos anos 90 contarem como antigos…rsrs. Joguei recentemente Werewolf com o Marcos Patrício e mestrei uma curta aventura de Earthdawn. E tem também o jogo de AD&D 1st ed com o DM Matthias que mencionei numa pergunta anterior.
Janary – De fato, só tem três jogos das antigas que eu realmente coloco em mesa ainda hoje, mesmo que seja em partidas esporádicas de uma única tarde (ou noite): D&D Basic (RC, BX ou BECMI), Call of Cthulhu e Fighting Fantasy (sim, eu já reclamei que jogo pouco, mas vejam, jogo pouco se contextualizarmos que é meu jogo favorito e raramente campanha). Eu ainda poderia citar Wod, mas vou “deixar dse fora” pois já tem mais de cinco anos que eu não narro nenhuma partida (apesar de ter jogado uma campanha curta e uma partidas soltas nesse tempo).
13) Personagem mais memorável que MORREU
ML – Já relatei a morte da Baronesa Derek von Decados em mais de uma ocasião no Podcast. Ela era uma nobre na incrível e épica galáxia de Fading Suns, um RPG espacial de uma nova idade média no futuro distante, quando a Terra de origem da humanidade já se perdeu entre as estrelas. Ela morreu infectada por simbiontes quando tentou seduzir e converter um deles para que pudessem entender um ao outro. O simbionte entendeu a mensagem, mas a infectou mesmo assim, e o Brother Battle do nosso grupo matou ela ali mesmo, antes que a transformação se completasse.
Mallen – Acho que a morte mais memorável foi em um evento online de RPG numa mesa do meu amigo Stifa de Raklot com o sistema SWADE, o melhor é que o evento de momentos em momentos estava sendo transmitido online no canal oficial do evento, e foi bem no momento que eu tirei 1 em todos os dados, duas vezes seguidas. A morte mais épica e estúpida da história.
Zé Marcelo – Tenho um grande amigo, o Rodrigo Bortolon que mestrou uma campanha em D&D 3e numa ambientação criada por ele mesmo que apelidamos carinhosamente de “Bortolândia”. Havia tantas pessoas querendo jogar (10 no total) que ele fez aventuras-solo para irmos de 1o a 2o nível e depois colocou todos numa arena para sair somente 6 personagens. Eu fui um deles e meu paladino Khameir Sarin fazia parte de um grupo chamado Liga dos Arautos, pois tínhamos como missão na campanha entregar avisos a 5 reinos diferentes de que um grande Mal se aproximava e esses reinos precisavam se unir. A campanha correu de 1o a 14o nível e, na fase final, descobrimos que o grande Mal era um Tarrasque recém-desperto por uma nave de Predadores (sim, aqueles do filme! Também apareceram os Aliens na campanha…kkk). No combate final, meu paladino ficara com um dos braceletes de comando dos predadores e pediu para a maga do grupo ensiná-lo como usar. Ele ativou o comando de auto-destruição do bracelete (com direito a contagem regressiva) e mergulhou para ser engolido pelo Tarrasque. Morreu como o grande herói da campanha explodindo o bicho por dentro numa explosão termonuclear com um sonoro “Ypie-Kay-Ye mutafucka!”.
Janary – Em 2009, o amigo Luiz Cláudio Duarte me convidou para integrar um grupo muito especial com a proposta de jogarmos a campanha do Expresso Oriente, de Call of Cthulhu. As estrelas estavam muito alinhadas naquela época pois teríamos pouco tempo para fechar a campanha inteira (acredito que uns 3 meses mais ou menos, pois o mestre iria se mudar logo depois). Então conseguimos jogar de “modo acelerado”, e isso quer dizer que tiveram coisas como terem semanas em que rolamos duas partidas, eu ter comemorado um aniversário meu durante uma jogatina na madrugada e partidas que iam do começo da noite até beeem tarde. Enfim, foi uma ótima campanha. Contei tudo isso só pra contextualizar o motivo do nobre herdeiro e pesquisador, lord Vernae, ter me entristecido quando morreu. Quem já tenho alguma experiência jogos de CoC sabe da letalidade ou insanidade para quais se perde grandes números de personagens (Gene mesmo fez história ao perder uns 10 personagens ao longo da campanha). Então, eu joguei todas as partidas com o mesmo personagem, consegui passar quase ileso, inclusive a uma cena icônica do LCD dizendo “rola 1d100 de dano” para chegar na última partida, na última cena da campanha, no último momento de jogo ser morto por conta de uma infeliz escolha de outro jogador ao ler um pergaminho que tragou a pele, carne e ossos de lorde Vernae para um vácuo dentro de seu próprio… nem sei o que dizer, só sentir kkkkkk
14) Sua compra favorita em uma CONVENÇÃO
ML – Uns acrílicos malucos para medir a altura das miniaturas no meio do combate. Tentei usar muitas vezes, mas é mais legal como algo tipo “estou voando” que como informação mesmo no jogo. Ainda assim, foi o máximo na época da primeira Gencon que eu fui, 2008.
Mallen – Ainda não tive oportunidade de ir na minha convenção dos Sonhos que é a GenCon, porém esse ano fui no Diversão Offline que desde o ínicio da Pandemia ansiava em ir, lá recebi alguns RPGs que já tinha financiado como o Star Trek Adventures que a New Order Trouxe, e o fantástico cenário Casos Conspiratórios / Caso Poster Edificio Joelma do RPG Conspirações do Diego Bassinello lançado pela Editora Luz Negra, porém como estamos falando de aquisições esses não se enquadram. O que adquiri de RPG no Diversão Offline foram dois RPGs o Intrédpidos do Cezar Capacle, lançado pela Coisinha Verde, que um dos narradores levou pro D30 e me atiçou a curiosidade, e a minha compra favorita de RPG o Mojuba do Lucas Conti que é uma RPG afrofuturista de Fantasia Urbana lançado pela Indievisivel Press.
Zé Marcelo – Sem dúvida, o Forgotten Realms Campaign Guide da 4a ed do D&D em 2008. Pois consegui o autógrafo nele de TODA a galera que desenvolvia para a WotC à época, entre os quais Phil Attans, Chris Sims, Bruce R. Cordell e nosso eterno Elminster, Ed Greenwood.
Janary – Assim como o Mallen, eu ainda não fui pra GenCon e realmente pretendo ir um dia! Mas fui em alguns eventos bem legais por alguns cantos do país. O que mais tenho com carinho na memória foi a mega viagem que o D30 fez para Curitiba para prestigiar o 11º World RPG Fest. E por lá eu fiz algumas boas compras, destaco duas das que mais criei apego: uma bag de dados oficial de 3:16 da Retropunk, que eu acho lindíssima e é super rara; outra coisa foi uma edição de Tomb of Horros de D&D, que acabei mestrando uns anos depois e meu filho mais velho leu e super gostou da aventura (anos mais tarde ela aparece no livro Jogador Nº1 e meu filho me fez ler e ver o filme só por causa disso haha).
15) MÓDULO / ONE-SHOT favorito de convenção
ML – Ghosts of Dragonspear Castle, da Gencon 2013, que no fundo é uma campanha e não one-shot, mas é simplesmente o melhor módulo de Forgotten Realms que houve após os anos 90, revisitando o clássico Under Illefarn, e que foi o motivo para a campanha que começamos logo que voltei de lá!
Mallen – Acho que sem sombra de dúvida foi o que fizemos no período da tarde do encontro de Agosto de 2018, nosso encontro de 10 anos, quando fizemos o crossover DDEP1-1: Corruption in Kryptgarden onde tivemos 17 mestres, 99 jogadores, um mestre coordenador, um mestre DJ para os efeitos e trilha sonora ao longo de todas as mesas, e uma mestra controlando um dragão ancião. Foi uma das coisas mais épicas que vi e vivenciei.
Zé Marcelo – Entre novembro e dezembro de 1992, participei de um campeonato de AD&D organizado por um pessoal das antigas que jogava RPG no Lago Sul, entre eles meu estimado amigo Fernando Pimentel. O campeonato teve 4 fases, utilizando módulos da antiga revista Polyhedron da RPGA (RolePlaying Game Association). A aventura, em 4 partes, se chamava Lady of Pain Series ambientada em uma Finlândia mítica com todos os seus deuses e heróis. Recomendo muito para quem não conhece.
Janary – Lá pelo começo dos anos 2000, quando o D&D ainda estava na 3ed, A Wizards of the Coast promovia encontros de um dia dedicado ao jogo, os famosos D&D Game Day. Mas não era só isso, para os mestres cadastrados na empresa, eles enviavam tudo o que você precisava para a partida (claro, tirando os livros) e isso inclui a aventura em livreto da aventura, tiles, miniaturas, dados, lápis, fichas e às vezes material extra. Em 2006, meu parceiro Gabriel era dono da loja Pendragon aqui em Brasília e chamou o D30 para organizar as partidas por lá. Fizemos alguns desses D&D Game Days, mas a aventura mais maneira e que mestrei algumas vezes em outros encontros foi Curse of Gethin Abbey. A premissa é simples, um grupo de aventureiros é recebido num mosteiro para pernoitar durante a viagem, mas no meio da noite são acordados abruptamente pois um dos estudantes traiu o mosteiro e roubou um livro profano para invocar um demônio. Cabem aos aventureiros irem atrás do cultista nas criptas antigas.
16)RPG que você mais DESEJA ter
ML – Rapaz, eu não posso ter mais RPGs… atualmente o que mais quero ainda não existe, uma adaptação decente de psiônicos para que eu posso jogar Dark Sun. Ou seja, o que eu quero é um Dark Sun 5e, com psiônicos!
Mallen – Esse sem dúvida é um que realizei o Playtest dele anos atrás, É um RPG do Pedro Ziviani chamado Folklore, onde os jogadores são investigadores atrás de desvendar um mistério, porém se demorarem muito o mistério vem atrás deles. É um RPG Narrativo que usa cartas de baralho em vez de dados, e possui personagens folclóricos de várias nacionalidades, incluindo a nossa.
Zé Marcelo – Toda a nova safra de RPGs do novo WoD editados pela Renegade Games, incluindo os dados especiais de Werewolf: Apocalypse e Hunter: The Reckoning. Todos os livros e módulos estão com arte maravilhosa e textos que conseguiram enriquecer uma ambientação que já era muito boa, adaptando-a para esses novos tempos de 3a década do século XXI.
Janary – Quase todo mundo que jogou D&D comigo sabe que eu curto o cenário de Greyhawk. Na verdade, esse é um dos dois cenários pelos quais sou pirado (junto com Titan), então não é de se espantar que o livro de RPG que eu estou buscando, já há alguns bons anos, é do cenário: Iuz the Evil. Assim, não é que não consigo achar mas é que normalmente quando encontro é absurdamente caro ou sem o mapa. Só que se eu achasse num om preço sem mapa, eu pegaria, claro! O suplemento foi lançado em 1993 e faz parte de um momento que eu mais curto no cenário, com sua encarnação mais sombria, escrita pelo Carl Sargent. No livro são descritas as terras nefastas de Iuz, o velho – um ser de imenso poder que está ascendendo como divindade maligna; daí são abordadas as guerras pela região próxima e o avanço das sombras por diversas partes de Greyhawk.
17) Jogo MAIS ENGRAÇADO que você já jogou
ML – Paranoia, sempre o jogo que mais me fez rir. Depois de ter a memória apagada três vezes, eu não sabia mais o que eu podia ou não lembrar, e frustrava meus colegas na investigação sobre como mutantes penetravam no complexo Alpha.
Zé Marcelo – Foram muitas partidas hilárias. Mas, teve um jogo de Vampiro, a Máscara que perdi o ar de tanto rir que se passava no Brasil em 1998. Um amigo Daniba, interpretou um Brujah gaúcho hilário e o Guilherme fez um Gangrel mineiro cuja deformidade animal…errr… veja bem… era relacionada a jumentos….hahahaha.
Mallen – Sem dúvida alguma foi a partida de Mestres de Toons no encerramento do 2º ou 3º RPG Overview meados de 90 lá em Natal-RN. Yuri tinha pedido para que todos os narradores apresentassem seus personagens, tudo estava indo bem até o Leandro que era a Tartaruga dizer que ele tinha o controle remoto e quem o tinha controlava o mundo, o próximo já entrou dizendo que pegou o controle remoto e sumiu dentro do casco da Tartaruga e ai as coisas fugiram do controle, foi divertidissimo!
Janary – O jogo campeão nas minhas mesas, no quesito risadas, é sempre o Malditos Goblins, jogo criado pelo Coisinha Verde (Tiago Junges). Desde que essa comédia saiu, mais de 10 anos atrás, tive partidas divertidíssimas tanto jogando (putz, teve uma vez que precisei passar quase 1h falando com uma voz esganiçada por conta de uma mecânica do jogo kkkk) quanto mestrando, inclusive, eu rodei esse RPG até com certa recorrência ao longo dos anos nos encontros d30. Acho divertido e sempre rende boas histórias, independente se com criança ou marmanjo barbado. Vale destacar que agora em 2023 rolou financiamento coletivo para uma terceira edição, agora chamada de Malditos Goblins RPG. Em 2011 eu escrevi sobre a primeira edição, e poucos anos depois eu escrevi quando foi publica a edição Advanced Malditos Goblins, em 2013. Vou atualizar esse post em breve quando escrever sobre essa nova hehe
18) SISTEMA de jogo favorito
ML – Já vi pessoas que não gostam de FATE, mas elas estão obviamente erradas. Fate é um sistema muito legal que coloca no sistema o que mais fazemos em RPG, que é blefar contra o Mestre. Uma das coisas que eu mais gosto é Urban Arcana, a ideia de jogar na era moderna com magia e sociedades secretas… eu adoro a forma como Dresden Files organizou isso para Fate, e desde de antes dele já havia achado perfeito para isso.
Zé Marcelo – Earthdawn. Ponto.
Mallen – Fiasco não importa o que digam. A infinidade de Playsets que existem abrem um leque de possibilidades sem igual!
Janary – Storyteller/Storytelling. Isso diz tudo. Eu adoro esse sistema e a forma maluca como ele consegue ser específico demais para jogar algumas coisas tipo a densidade de um Wraith, da mesma forma que é genérico o suficiente para rolar uma adaptação coerente do anime YuYu Hakusho. Algumas abordagens são incríveis e acho que o jogo só cresce com o passar das décadas, mas mesmo suas edições mais antigas são legais de usar – fora que adoro encher a mão pra rolar d10. Caçadores Caçados 2ed, Hunters the Reckoning 5ed e Ghost Hunters 3ed, estão entre os meus jogos favoritos de todos os tempos!
19) Aventura PUBLICADA favorita
ML –Apesar de muitas aventuras de D&D e CoC serem queridas, a aventura que mais me tocou até hoje é de Vampire: The Masquerade. Se chama The Last Supper, e foi a primeira vez que joguei vampiros na idade média, um conceito novo na época. já mestrei essa aventura várias vezes, e sempre é um evento memorável. 9 personagens e um convite para jantar, apenas com um aviso: “não chegue cedo”.
Zé Marcelo – Eu não tenho uma favorita de TODAS. Então, vou por sistemas. Em Earthdawn, “Prelude to Wars”. Em D&D, o Adventure Path “Savage Tide”. Em Vampire, a mesma que o Marcelo Larcher mencionou “The Last Supper”. E, para finalizar, em Legend of the Five Rings, “Mask of the Oni”.
Mallen -Horror no Expresso do Oriente de COC que em breve estará sendo lançada no Brasil pela Editora New Order. Me apaixonei tanto, que mesmo não tendo material de Call of CThulhu, eu tenho essa caixa comigo.
Janary – Já que o Zé abriu precedente, também preciso dizer que não tenho uma aventura favorita apenas, mas algumas. “As cavernas da feiticeira da Neve” e “O templo do terror” são minhas aventuras favoritas de Fighting Fantasy (e talvez da vida), são duas dungeons muito engenhosas e com uma ambientação tremendamente imersivas, cada uma num extremo sendo uma delas por cavernas escondidas nos Picos Dedo de Gelo e a outra nas profundezas de uma cidade perdida no Deserto dos Crânios. A jornada até cada uma das dungeons é o que dá a liga para explorar cada detalhe dos locais. São aventuras ao estilo mais clássico da década 1980 e as duas fazem parte “informalmente” de uma trilogia escrita por Ian Livingstone (em seu melhor momento nas aventuras fantásticas).
20) Ainda jogará daqui a VINTE anos
Zé Marcelo – Qualquer coisa que me conecte com amigos velhos, novos, filhos, os amigos dos meus filhos e por aí vai.
Mallen – Qualquer experiência de narrativa compartilhada onde todos criam colaborativamente uma história a ser lembrada.
Janary – Amo histórias, isso nunca vai acabar!
21) RPG LICENCIADO favorito
ML – Warhammer 3e. O sistema ajuda a ser cruel e furioso, e o caos está à espreita em toda rolagem que importa… nunca um sistema foi tão bem aproveitado por uma franquia.
Zé Marcelo – Star Trek Adventures. Um RPG da Modiphius com sistema 2d20 com estrutura tanto de criação de personagens quanto mecânica de jogo que emula de forma MAIS QUE PERFEITA o clima de diversas séries e épocas da franquia mais querida de ficção científica.
Mallen – Ainda não joguei mas no momento o Avatar Legends.
Janary – Mouse Guard, com certeza e é um dos RPGs mais incríveis que já joguei. Claro que grande parte disso vem de eu ter adorado as histórias em quadrinhos que deram origem ao jogo. E é genial a forma como o sistema está bem amarrado ao estilo de aventura pelas quais os camundongos passam, com a passagem das estações e as questões relacionadas à guarda. Neste ano a Retropunk, infelizmente, anunciou o fim da publicação no Brasil mas se você achar por aí vale cada centavo e minuto investido nessa jogatina. Aventura estilo “sessão da tarde” com forte senso moral de grupo e belas narrativas. É sobre isso.
22) Melhor compra de RPG DE SEGUNDA MÃO/USADO
ML – Muita coisa, mas acho que Rules Cyclopedia é o livrinho que mais gosto de ter comprado quando ainda eram preços normais e não abusivos para livros de RPG que nem sequer vamos usar de verdade.
Zé Marcelo – Numenéra. Foi o RPG que me fez conhecer e amar o Cypher System.
Mallen – Coleção mega disputada com o Janary no Arremate (nem existe mais) de Toons.
Janary – Eu já comprei muita coisa legal em sebos de Brasília e online, principalmente livros-jogo das Aventuras Fantásticas, mas as coisas mais incríveis que comprei de segunda mão, sem dúvidas são algumas caixas e livros específicos de Greyhawk ao longo das edições de D&D – que é um dos meus cenários favoritos de toda a vida. Em especial vou destacar um dos meus livros favoritos que o Marklands, apresentando umas história dark fantasy sobre a guerra dos reinos que estão na fronteira com as terras de Iuz um semideus maligno. Sou muito feliz com essa compra, pois o livro é muito difícil de achar e essa cópia estava perfeita e com mapa intacto. Peguei com um colecionador aqui da cidade, num preço super maravilhoso e ainda pude combinar de buscar o livro do lado do meu trabalho.
23) Produto/livro de RPG MAIS LEGAL
Janary – O produto mais incrível que eu tenho é a caixa City of Greyhawk. Eu comprei lacrada desde 1983 e é um produto que vem com dois livros bacanas que descrevem tudo o que é preciso para rolar anos e anos de partidas na Gema da Flanaess, com material para jogos estilo citycrawl e fantasia urbana. Além disso, a caixa trás mapas, cartões com pequenos cenários de aventuras… enfim, tudo para rolar incontáveis jogos com estabelecimentos, npcs e ideias. E tudo muito bonito!
Zé Marcelo – a caixa de Parlainth, the Forgotten City de Earthdawn. Além de expandir a ambientação para um megadungeon em Earthdawn, as histórias e extras (handouts) eram sensacionais para dar o clima de exploração, mistério e horror em Earthdawn.
Mallen – Acho que sempre vai ser a Caixa de Horror in the Orient Express. Os props, os detalhes no livro, a maneira que foi construida, com um livro para cada cidade e munido de informações. Acho aquela caixa surreal.
ML – Eu tenho uma DM Screen oficial de D&D em resina que é a coisa mais bonita do mundo.
24) RPG COMPLEXO / SIMPLES que você joga
Zé Marcelo – Usando as próprias palavras do Júlio Mattos, criador do jogo, Rebel R – Narrativas Estelares é um jogo que usa somente dados de seis lados, sendo simples na mecânica básica, mas complexo nas relações e consequências das ações. Espero ansiosamente para receber minhas recompensas do financiamento coletivo em outubro/23.
Mallen – Acho que até hoje o RPG mais complexo que tenho é o DEMOS Corporation, joguei poucas vezes usando as próprias regras do jogo, e vários usando o sistema storytelling para a regras, mas na ambientação do DEMOS Corporation que acho incrível. Para quem não sabe esse foi o primeiro RPG Nacional de Espionagem a ser publicado.
ML – As pessoas gostam de falar que Gurps é complexo, mas isso é porque elas acham que você sempre tem de jogar com regras opcionais. Gurps é um jogo modular, tem a complexidade que você quiser… o problema é que ninguém quer ler os sistemas para saber disso. Muito mais complexo com certeza é Rolemaster, mas eu não jogo isso mais… o RPG mais complexo que eu AINDA jogo é Ars Magica. O mais simples já tenho problema, porque as pessoas confundem as coisas… “rules light” virou moda, mas acho que é coisa de preguiçoso. Simples que eu ainda jogo acho Mouse Guard, e sempre tem Call of Cthulhu.
Janary – Por algum dos Encontros D30 de uns 10 anos atrás, eu tive oportunidade de participar como jogador em uma mesa de 3:16 – Carnificina entre as Estrelas. E como eu gostei desse jogo! Rapidamente arrumei uma cópia do livro e comecei a mestrar sempre que podia. Fui me envolvendo cada vez mais, por gostar desse estilo de ficção científica militar, que acabei conversando com o Greg Hutton, autor do jogo, para expandir a visão sobre as mecânicas e possibilidades narrativas. O jogo é bem simples, basicamente usa d6 e d10, só tem dois atributos (Habilidade de Combate e Habilidade Fora de Combate) e as lembranças. Muito fácil, rápido e divertido!
25) RPG NÃO JOGADO que você possui
ML – Que tristeza isso, mas são vários! acho que o principal é Dracula Dossier, que eu tenho tudo, inclusive tudo de Nights BLack Agents, e isso nunca viu mesa.
Zé Marcelo – Alien, the Roleplaying Game e Blade Runner RPG, ambos da Free League Publishing.
Mallen – Trieste dizer, mas são vários, entre eles o IHunt, Avatar Legends, Conspirações, Mojubá, Vampire V5, todos esperando ver a luz de uma mesa um dia.
Janary – Não posso deixar de concordar com meus amigos, que durante a vida rpgística muita coisa acaba de fora das mesas. Com o passar do tempo tenho me desapegado desses jogos, pois acredito que poucos valem se manter na coleção mesmo sem serem jogados. Mas entre os poucos que me restam nessa condição, talvez o que mais eu tenho vontade de mestrar é o World of Darkness: Ghost Hunters. Desde que o Larcher me mostrou isso eu fiquei doido, pois um dos meus RPGs favoritos da vida é o Caçadores Caçados, e como o Ghost Hunters pega essa mesma vibe e manda ver no cenário de wraith. O que eu posso dizer? É irado demais!! Pena que ainda não consegui fazer isso rodar….
26) FICHA DE PERSONAGEM favorita
Zé Marcelo – as fichas de Conan: Adventures in an Age Undreamed Of da Modiphius. Todas maravilhosas em arte e estrutura.
Mallen – Gosto muito das fichas minimalistas como a do Abismo Infinito.
ML – Tem ficha mais legal que a de Vampiro? Adoro preencher bolinhas em qualquer edição! P.S. eu sei que existem outros mundos das trevas, mas foi mal, essa ficha é de Vampiro 🙂
Janary – A ficha de Shadow of the Demons Lord é muito maneira! Tem tudo o que o jogo precisa, possui um visual leve e ainda consegue brincar com a estética “cultista”.
27) Jogo do qual você gostaria de ter uma nova EDIÇÃO…
ML – Parem de me vender jogos! Eu queria um novo Tank Girl, apenas porque o hype me faria jogar de novo nesse cenário que eu adoro!
Zé Marcelo – Goddess Save the Queen. Por favor, Julio Mattos e Secular Games!
Mallen – Abismo Infinito, seria massa ver o que o John melhoria num sistema que já é bom demais de jogar.
Janary – Eu realmente não tenho, hoje, um jogo que precise de uma nova edição. Mas eu super gostaria de uma nova do 3:16 Carnificina Entre as Estrelas, com algumas modificações bem de leve – principalmente se o Gregg deixar eu implementar essas mudanças hahaha
28) Jogo MAIS ASSUSTADOR que você já jogou
ML – Certas campanhas de Call of Cthulhu, mas especialmente com meu grupo de amigos nas noite e jantares na 406 norte. Certa vez o saudoso Cláudio Delamare morreu num momento de sonho, e os outros estavam tristes, até mandei ele fazer uma ficha nova, mas avisei que ele acordaria quando acabasse o sonho. Foi muito tenso, o monstro de pesadelo era muito terrível e a morte do amigo ainda pesava. Quando acordaram e ele despertou de modo muito esquisito, todos assustaram e o Renato inclusive pediu licença para ir tomar água.
Zé Marcelo – Call of Cthulhu com a amiga Rachel como Narradora. Foi o primeiro RPG de horror que joguei e a primeira história foi justamente do Rei Amarelo. Lembro bem como a ambientação bizarra e as colocações de fatos, páginas do livro e lugares me deixaram tenso, como se minha mente realmente estivesse sendo colocada em limites de imaginação que eu não gostaria.
Mallen – Acho que sem dúvida foi a campanha do Horror no Expresso do Oriente com o Luiz Claudio Duarte, Não só a narração, mas os recursos que ele usava durante o jogo realmente envolvia a gente, nunca vou esquecer de quando estávamos no La Scala numa ópera e o Luiz narrou a cena enquanto a ópera que estávamos assistindo tocava ao fundo.
Janary – Sem dúvidas, estou com o Mallen! A campanha Horror no Expresso Oriente, narrada pelo LCD, foi incrível em vários aspectos. Tivemos inúmeras cenas e momentos bizarros, desde o mundo dos sonhos até encontros com criaturas dos mythos. Mas o que realmente me pegou foi durante uma sessão em que fomos apresentados a uma interpretação da bruxa russa Baba Yaga. Foi um momento tão sinistro que eu tive pesadelo com a bruxa e seus dentes de aço…. virou piada interna entre o d30.
29) ENCONTRO mais memorável
ML – Certa vez um encontro bobo em que um dragão novamente atacaria os personagens tirando uma vitória certa das mãos deles saiu pela culatra. Meus jogadores haviam se programado para esse evento, de tanto eu ter feito isso outras vezes. Quando o dragão ameaçou eles, numa série de ações muito bem coordenadas, eles pegaram o dragão no ar, sem chance de fuga, e mataram a primeira das grandes serpentes que seguiam Tiamat, mandando um recado cruel para o Culto do Dragão.
Zé Marcelo – O combate contra o dragão verde Viperfang em uma campanha que começou em AD&D 2ed e depois virou D&D 3.0 com o DM Fernando Pimentel. Nosso DM adorava subverter algumas regras de todo sistema que mestra e nós apelidamos o sistema de FD&D. A ambientação excelente havia sido criada por ele em um continente fragmentado de reinos derivados de um império decsdente. Na cosmologia desse mundo, o Plano das Sombras tinha ligação com poderes nefastos bem como a dimensão dos sonhos (e pesadelos). E justamente esse dragão era nosso nêmesis e o enfrentamos em uma fortaleza de anões cinzentos, sábios e criadores de tecnologias inéditas. Montamis várias armadilhas para o dragão que (como o próprio nome denota) possuía um corpo serpentino e mandíbula peçonhenta. Foram muitos golpes e magias do grupo, principalmente do machado de mithril do meu anão guerreiro, Hurin Splintaxe, mísseis mágicos de fogo que explodiam barris de pólvora, um ladino que pegava os itens pendurados na escama do dragão e a clériga Bianna, jogada pela minha esposa Cássia que desfazia as magias que o dragão tentava colocar no grupo. No fim do encontro, após termos feito mais de 200 pontos de dano, o DM soltou a célebre frase: “Agora vou rolar os hps do dragão“. Hahahaha. (obviamente, o dragão não morreu e fugiu)
Mallen – Acho que foi na mesa do meu amigo Hélio Neto, de Hoard of Dragon Queen, quando ele pegou uma personagem da minha background que era minha irmã e eu acreditava tê-la perdido, e a colocou no jogo trabalhando com seus captores no melhor estilo de sindrome de Estocolmo.
Janary – Eu não tenho um encontro memorável, mas vários. Então vou contar um NÃO encontro que foi memorável pra mim e ocorreu uns anos atrás (tantos que eu nem lembro quantos) em que a gente do d30 estava colaborando com a Livraria Leitura do shopping Conjunto Nacional, em Brasília. Era um D&D Game Day (ali em cima falei um pouco sobre como funcionava, volta ali e relembre hehe) e dessa vez a Wizards enviou um brinde na forma de um encontro extra da aventura. Acontece que era um encontro muito forte para os personagens, contra um dragão branco, e caso os jogadores vencessem, a miniatura do dragão seria sorteada entre eles. Caso o mestre derrotasse os personagens, ele quem ficaria com a miniatura do dragão. Acontece que por se tratar de um encontro extra, numa parte meio fora da aventura, as orientações eram para perguntar aos jogadores se eles queriam enfrentar o dragão. Expliquei tudo isso aos jogadores, mas eles não quiseram ir pro combate, acreditaram que eram fracos demais e sem estratégia para uma luta como essas. Dessa forma, eles abriram mão do combate e eu fiquei com o dragão 🙂
30) RPG OBSCURO que você já jogou
ML – Eu já joguei muita coisa estrangeira, que só é obscura porque é nacional de outro país, como seria falar de ABEA em outro país. Mas o jogo obscuro que vocês precisam jogar é Over the Edge.
Mallen – Acredito que Kult
Zé Marcelo – Sem dúvida, KULT. Uma mistura de Clive Barker com Stephen King em uma realidade com demônios para todo lado, violência gráfica e desesperança total.
Janary – Eu não sou um cara dos jogos obscuros ou desconhecidos demais. Então, se for no caso dos jogos brasileiros vou considerar Millenia, que foi o primeiro RPG brasileiro de ficção científica e saiu por volta de 1995. Eu acabei jogando uma partida na antiga loja Eclipse RPG, que era o lugar que concentrava as vendas de jogos em Brasília no final do anos 1990 e início de 2000. Por muitos anos eu quis ter uma edição desse jogo, mas não encontrei antes de perder o interesse por completo.
31) RPG FAVORITO de todos os tempos
ML – Eu tenho muitas respostas. Se for o que eu sempre quero jogar, D&D sem dúvida. Se for o que eu tenho saudades de jogar, Fading Suns… Se for o que eu prefiro demais mas nem sempre vai ter a mesa certa, Unknown Armies.
Zé Marcelo – Novamente, Earthdawn. Uma ambientação maravilhosa com fantasia no ápice.
Mallen – Perguntinha difícil. Mas gosto muito da criação de histórias em conjunto, hoje realmente é o que mais curto. logo jogos como Fiasco, Alice is Missing, PSI*Run, A Fita e a liberdade dos PBTAs sempre irão ganhar de outros. Mas o D&D sempre vai ter um quentinho no meu coração também.
Janary – Acho que não tem muito pra onde eu correr. Se for pensar numa resposta racional, vou ter de falar D&D afinal tudo veio daí e é possível jogar qualquer coisa dentro da ambientação “fantasia fantástica”, arrumar grupo em todo lugar e material. Mas se for pela emoção do coração, vou ter de dizer Fighting Fantasy, pelo cenário magistral e as regras absurdamente simples e divertidas .
Gian Rech
Adorei a proposta!
É muito bom ler novos artigos de vocês e esse desafio mensal promete boas leituras o mês inteiro!
Aguardando o virar dos dias pela continuação da quest!
Renato Berlim
Foi muito legal ver as respostas de vocês, voltar ao passado pensando nas minhas respostas e ver como todos nós já fizemos coisas legais com esse hobby. Se o RPG é um jogo de contar histórias, mostrar um pouco da própria é excelente para descrever para os iniciantes como essa experiência vai se tornar mais rica com o passar do tempo.